A Bélgica Quer Silenciar a Voz Anti-Guerra da Hungria, Afirma o FM Húngaro Szijjártó
O alto ministro do governo húngaro acusou Bruxelas de fazer tudo o que pode para suprimir vozes dissidentes na preparação para as eleições europeias
REMIX
DÉNES ALBERT - 4 JUN, 2024
O Ministro dos Negócios Estrangeiros belga, Hadja Lahbib, está a tomar a iniciativa de excluir a Hungria dos processos de tomada de decisão da UE, afirmou o Ministro dos Negócios Estrangeiros e do Comércio húngaro, Péter Szijjártó.
Falando em Budapeste na segunda-feira, o alto ministro do governo húngaro acusou os eurocratas de quererem suprimir as forças pró-paz e remover o último obstáculo à guerra, silenciando e excluindo a Hungria das conversações estratégicas.
O ministro reagiu a uma declaração recente do seu homólogo belga, que apelou ao reforço do procedimento do Estado de direito do artigo 7.º contra a Hungria, privando assim a Hungria dos seus direitos de voto no Conselho da União Europeia.
Afirmou que aqueles que possam ter duvidado da importância das eleições para o Parlamento Europeu desta semana podem agora estar convencidos de que tal decisão talvez nunca tenha sido apresentada ao povo húngaro, uma vez que o frenesim da guerra em Bruxelas se instalou e aqueles que são a favor da paz estão a ser silenciado.
“Há um pânico de confinamento, faltam seis dias para as eleições europeias, faltam seis dias para as pessoas puxarem o travão de emergência do comboio pró-guerra, que atualmente se dirige para o seu destino final, uma terceira guerra mundial, de uma forma aparentemente maneira imparável”, alertou Szijjártó.
“No dia 9 de junho, o povo europeu pode puxar o travão de emergência, mas é claro que nos restantes dias, Bruxelas continuará a fazer tudo o que estiver ao seu alcance para silenciar todos aqueles que falam pela paz e contra a guerra”, afirmou.
“O ministro dos Negócios Estrangeiros belga está a tomar a iniciativa de excluir a Hungria para que nós, húngaros, não possamos representar a nossa posição, para que nós, húngaros, não possamos expressar a nossa opinião sobre as consequências das nossas decisões comuns, para que nós, húngaros, não possamos dizer que não queremos ir para a guerra, mas que queremos a paz, para que nós, Húngaros, não possamos dizer que tipo de loucura bélica está a acontecer hoje na Europa, e para que nós, Húngaros, não possamos dizer que o a ameaça de uma terceira guerra mundial está cada vez mais próxima”, disse ele.
“Portanto, a importância do dia 9 de junho também aumentou. Necessitamos de um apoio muito forte, de uma grande vitória, para podermos resistir à pressão nas próximas semanas e meses, para podermos falar veementemente a favor da paz, para podermos resistir aos preparativos para uma terceira guerra mundial aqui na Europa”, acrescentou.
A mudança ocorre poucas semanas antes da Hungria assumir a presidência contínua da UE em 1º de julho, por seis meses.