A China está vencendo o jogo de xadrez global
Não se trata apenas de uma disputa de poderio econômico; é uma batalha ideológica pela alma do século 21, onde a própria essência da liberdade e da autocracia são colocadas uma contra a outra.
18/12/2023 por Robert B. Chernin
Tradução: César Tonheiro
No grande tabuleiro de xadrez da política global, a China, sob o controle férreo de seu Partido Comunista Chinês (PCC), se coloca como um formidável adversário aos ideais acalentados do excepcionalismo americano. Não se trata apenas de uma disputa de poderio econômico; é uma batalha ideológica pela alma do século 21, onde a própria essência da liberdade e da autocracia são colocadas uma contra a outra.
Agora, vamos cortar as gentilezas diplomáticas. O PCC não é apenas mais um ator no cenário mundial; é um mestre manipulador, uma entidade cujos tentáculos de controle espremem a própria vida da liberdade e do individualismo. A chamada República Popular é um nome equivocado de proporções orwellianas. Eis um regime que dita a vida dos seus cidadãos com mão de ferro, desde o acesso à internet até ao número de filhos que podem ter. Falar de liberdade pessoal? É inexistente sob a sombra do PCC.
E não se trata apenas do que acontece dentro das fronteiras da China. O fôlego do dragão de Pequim está queimando a paisagem global. Que dizer de sua Iniciativa Cinturão e Rota? Uma diplomacia da armadilha da dívida, se é que houve alguma vez. Dos Institutos Confúcio? Ardis soft power destinados a se infiltrar e influenciar a academia ocidental. Do roubo desenfreado de propriedade intelectual? Uma guerra econômica, pura e simples.
Agora, vamos falar sobre o elefante na sala – ou devo dizer, o dragão? A interdependência econômica entre Estados Unidos e China. É uma teia emaranhada de cadeias de suprimentos e dívidas que nos liga a uma nação que não compartilha nossos valores. Estamos falando de um país responsável pela maior parte da manufatura mundial, dominando os mercados globais e, por extensão, a política global.
A pandemia da COVID-19 expôs uma dura verdade: nossa dependência excessiva da manufatura chinesa não é apenas uma preocupação econômica, é uma ameaça à segurança nacional. O fato de dependermos de um rival geopolítico para bens essenciais é nada menos do que alarmante. Precisamos acordar para a realidade de que a conveniência econômica tem um preço alto – a erosão de nossa base industrial e, com ela, de nossa soberania nacional.
Estamos em uma nova Guerra Fria, gente. Mas, ao contrário da União Soviética, a China exerce não apenas influência militar e política, mas um martelo econômico que pode perturbar os mercados e influenciar as nações. Não podemos continuar a dar-nos ao luxo de ser complacentes ou ingênuos. É hora de reavaliar nossa postura, reforçar nossas capacidades industriais e tecnológicas e permanecer firmes em nossos princípios.
Conclusão, devemos reconhecer o Partido Comunista Chinês pelo que ele é – um perigo claro e presente para o modo de vida americano. Se quisermos preservar nossos valores e manter nossa liderança global, precisamos recalibrar nossa estratégia, revitalizar nossas indústrias e renovar nosso compromisso com a liberdade e a democracia. As linhas de batalha estão traçadas, e a hora de agir é agora. O futuro do mundo livre depende disso.
As opiniões expressas neste artigo são opiniões do autor e não refletem necessariamente as opiniões do The Epoch Times.
Robert B. Chernin é presidente do Centro Americano de Educação e Conhecimento.
https://www.theepochtimes.com/opinion/china-is-winning-the-global-chess-game-5549062