Brasil e China em negociações sérias sobre ferrovia transcontinental - uma revolução logística que ligará os oceanos Pacífico e Atlântico
Como já adiantamos ontem
Tradução Google
Os governos brasileiro e chinês estão atualmente em negociações para introduzir o "Corredor Bioceânico" que cruzaria o continente sul-americano. O plano é ambicioso e conectaria o porto de Ilhéus, no estado da Bahia, no leste do Brasil, com o porto de Chancay, no oeste do Peru, por uma ferrovia, de leste a oeste, atravessando o continente sul-americano. A chave do plano é o desenvolvimento da Ferrovia Integrada Leste-Oeste (Fiol) e da Ferrovia Integrada Centro-Oeste (Fico). O primeiro trecho da Fiol (537 km entre Caetici e Ilhéus) se conecta ao porto do Porto Sul e serve como núcleo de transporte de cargas. A construção deste trecho e do porto está sendo realizada pela Bahia Mineração SA (Bamin). "Os produtos produzidos no centro do país serão escoados por essa infraestrutura e, eventualmente, chegarão ao porto de Chancay", disse Leonardo Ribeiro, chefe da Autoridade Nacional de Transporte Ferroviário. Espera-se que isso reduza o tempo de envio do Brasil para a Ásia em aproximadamente 10 dias. Marcus Cavalcanti, do Palácio do Planalto, também disse: "Essa conexão é um sonho antigo do Brasil" e é um projeto importante que visa promover o comércio entre o Brasil e a China. As exportações do Brasil totalizam US$ 350 bilhões por ano, dos quais mais de um terço vão para a China. Seus principais produtos de exportação, minério de ferro e soja, são adequados ao transporte ferroviário. Ribeiro enfatiza que “o transporte ferroviário é vantajoso tanto econômica quanto ambientalmente”. Um dos objetivos dessa medida é reformar a estrutura de transporte do Brasil, que por muito tempo dependeu do transporte rodoviário . De acordo com o Plano Nacional de Logística 2025, cerca de 65% do transporte de carga é realizado por caminhão, então a dependência de estradas continua alta. Se a cooperação com a China levar ao desenvolvimento da rede ferroviária, espera-se que os custos de transporte sejam reduzidos e o risco de interrupção da distribuição devido a greves seja reduzido. A delegação chinesa já inspecionou a malha ferroviária e a infraestrutura portuária em todo o Brasil. A visita do presidente Lula à China (12 e 13 de maio) aumentou ainda mais o interesse chinês no projeto ferroviário. As empresas ferroviárias chinesas (CRCC e CREC) também planejam uma linha do porto do Açu (Rio de Janeiro) passando pelos estados de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso até Porto Velho (Rondônia), além de uma linha internacional do porto de Santos até o porto de Antofagasta, no Chile. A expansão das ferrovias não acabará completamente com o setor de caminhões: o Brasil espera produzir cerca de 150.000 caminhões em 2024, de acordo com a Anfavea, a associação nacional dos fabricantes de automóveis, e ainda haverá demanda por caminhões leves e transporte urbano. No entanto, o setor também enfrentará novos desafios, como a transição para tecnologias sustentáveis e o abandono da dependência do diesel. O projeto ferroviário começa na Bahia, onde a chinesa BYD está planejando construir uma fábrica de veículos elétricos, e Minas Gerais abriga uma mina de lítio. Esses fatos indicam que a China tem interesse estratégico na infraestrutura e nos recursos energéticos do Brasil. A ideia foi arquivada por um tempo, mas seguindo o exemplo da China de rápido desenvolvimento de infraestrutura de transporte em países africanos, uma revolução ferroviária está agora se tornando realidade no Brasil.
NOTA DO EDITOR: o site yahoo Japan é Nipo-Brasileiro sediado em São Paulo
https://news.yahoo.co.jp/articles/f2257a4dbc0679f2c6cf0e89cb94cfd8edc50292