Cessar-fogo entre Israel e Hezbollah será anunciado hoje à noite
O acordo inclui uma trégua de 60 dias, a retirada israelense e o envio do exército libanês
26 de novembro de 2024
Tradução: Heitor De Paola
Um acordo histórico de cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah está marcado para ser anunciado hoje à noite, com a trégua prevista para entrar em vigor na quarta-feira. O acordo, intermediado pelos Estados Unidos e pela França, interromperá temporariamente as hostilidades que têm atormentado a região por meses.
O primeiro-ministro libanês Najib Mikati deve fazer uma declaração dando boas-vindas ao acordo, enquanto o governo de Israel deve dar a aprovação final durante uma reunião de gabinete. O ministro da Defesa Yisrael Katz prometeu responder com força a quaisquer violações, alertando o Hezbollah contra explorar a trégua para reconstruir sua presença militar.
“Agiremos contra qualquer ameaça, a qualquer hora e em qualquer lugar”, Katz disse à Enviada Especial da ONU para o Líbano, Jeanine Hennis-Plasschaert. Ele enfatizou o comprometimento de Israel em impedir que o Hezbollah recupere força perto da fronteira.
Os termos do cessar-fogo incluem um período de 60 dias durante o qual as forças israelenses se retirarão do sul do Líbano, permitindo que o exército libanês envie 5.000 tropas para a região. O Hezbollah é obrigado a cessar suas atividades armadas ao sul do Rio Litani, alinhando-se com a Resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU, de longa data, mas fracamente aplicada.
O Hezbollah há muito tempo mantém uma presença militar significativa perto da fronteira de Israel, construindo túneis, estocando armas e planejando ataques. A recente campanha militar de Israel incluiu ataques aéreos e incursões terrestres para desmantelar essa infraestrutura.
O Ministro da Defesa Katz alertou que Israel monitoraria a trégua de perto. “Toda casa no sul do Líbano que for reconstruída e na qual uma base terrorista for estabelecida será demolida”, disse Katz. “Todo rearmamento e reagrupamento por terroristas será atacado.”
A responsabilidade pela manutenção do cessar-fogo cabe ao exército libanês e à Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL). A UNIFIL, que enfrentou críticas por sua incapacidade de impor a desmilitarização, trabalhará junto com o governo libanês para implementar o acordo. O Ministro das Relações Exteriores libanês Abdallah Bou Habib expressou otimismo, destacando a ajuda dos EUA como crítica para reconstruir a infraestrutura destruída durante os recentes ataques israelenses.
Autoridades israelenses insistem que supervisão rigorosa é essencial para impedir o contrabando de armas e a produção doméstica de armas pelo Hezbollah. “Se vocês não fizerem isso, nós faremos”, Katz alertou autoridades da ONU.
À medida que as tensões diminuem, o mundo observa atentamente para ver se esse cessar-fogo trará paz duradoura ou servirá como uma pausa temporária no conflito. Compartilhe este artigo ou assine nossa newsletter para atualizações contínuas sobre os desenvolvimentos na região.
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