Como Israel tomou o destino judaico em suas mãos
Esta pequena nação tornou-se a líder moral do mundo livre
Tradução: Heitor De Paola
Este artigo foi publicado pela primeira vez no thejc.com em 19 de junho, três dias antes de os EUA bombardearem o Irã.
A sirene que acordou todos nós em Israel às 3 da manhã da última sexta-feira, depois que a força aérea israelense atacou o Irã, não foi apenas um aviso para nos abrigarmos imediatamente de qualquer represália.
Na verdade, foi um toque de shofar, significando que o estado judeu estava agora tomando seu destino em suas próprias mãos e se engajando numa batalha heróica contra um grande mal que ameaçava o mundo.
Os Estados Unidos, que prometiam ajudar a defender Israel contra o esperado contra-ataque iraniano, recusaram-se, no entanto, a ajudar Israel a lutar contra o regime de Teerã.
Então Israel avançou sozinho contra o Irã, sabendo perfeitamente que o pequeno estado judeu poderia facilmente ser dominado pelo vasto arsenal de mísseis de Teerã.
Fez isso porque não tinha escolha. O Irã há muito ameaçava Israel com genocídio, e o tempo agora se esgotara. A inteligência israelense tinha informações de que o Irã possuía urânio enriquecido suficiente para nove bombas e estava prestes a transformá-lo em arma. O país também estava aumentando sua produção de mísseis balísticos para 300 mísseis por mês.
Isso colocou Israel diante da crise existencial que tanto temia. Embora o Irã anunciasse regularmente que, após destruir Israel, faria o mesmo com os Estados Unidos e a Grã-Bretanha, esses países se recusavam a neutralizar a ameaça. Então, Israel criou coragem e assim o fez.
Já traumatizados pelas atrocidades de 7 de outubro de 2023, pela guerra que se seguiu e pela situação incessante dos reféns mantidos em Gaza, os israelenses estavam agora submetidos a um novo e severo teste. Mísseis balísticos destinados a assassinar civis estavam sendo disparados em tão grande número pelo Irã que alguns atravessaram o Domo de Ferro e deixaram um rastro crescente de mortos e feridos israelenses.
Enquanto os Estados Unidos ajudam a defender Israel contra essas represálias iranianas, a Grã-Bretanha mantém vergonhosamente uma neutralidade discreta.
A reação de Keir Starmer ao ataque inicial de Israel — uma demonstração estupenda de gênio militar e de inteligência que matou todos os cientistas seniores e autoridades de segurança daquele regime genocida em poucas horas — foi pedir uma redução da tensão e uma solução diplomática que fosse do "interesse da estabilidade na região".
Que vergonha. Desescalar a tentativa de impedir a bomba iraniana significa permitir que o Irã obtenha a bomba, o que Starmer parece achar que representaria "estabilidade".
A comunidade judaica britânica, que o governo já havia abandonado ao ódio descontrolado aos judeus, foi então instruída a se esconder por medo de ataques violentos de pessoas enfurecidas não pelo Irã, mas pela tentativa de Israel de enfraquecer o Irã.
Isso seguiu o comportamento do governo Starmer nos últimos meses, mais apropriado para um inimigo de Israel do que para um aliado. O governo tem reciclado falsidades, distorções e deturpações grosseiras do direito internacional, com o objetivo de retratar Israel como um pária, suspendendo a venda de armas e um acordo comercial, e impondo sanções contra residentes judeus dos territórios disputados da Judeia e Samaria.
Consequentemente, quando Israel informou os EUA sobre seu iminente ataque ao Irã, a Grã-Bretanha foi supostamente deixada de fora por ser um aliado não confiável.
Os judeus britânicos agora enfrentam uma realidade profundamente desagradável. Os interesses do povo de Israel estão se tornando hostis à forma como o governo britânico e grande parte do público percebem seus próprios interesses, tendo sido terrivelmente doutrinados a ver Israel através de um prisma que inverte a verdade e a mentira e desafia a moralidade e a razão.
Muitos em Israel agora veem a Grã-Bretanha como perdida, tendo destruído seus valores fundamentais sob a dupla pressão da islamização e das ideologias de esquerda que fazem passar crueldade e niilismo por compaixão e consciência. De forma assustadora, a Grã-Bretanha moralizou o ódio assassino contra Israel e os judeus.
Em Israel, por outro lado, apesar da dor e do trauma desta guerra longa e extremamente difícil, seu espírito comunitário, determinação e otimismo são extraordinários.
Há uma sensação de alívio por finalmente estarmos livres do longo pesadelo nuclear iraniano. Há um enorme orgulho nos atos de inteligência inigualáveis e ousados do país, em seu gênio estratégico e na coragem e heroísmo de suas forças armadas.
E os israelenses se veem como defensores do mundo livre, prestando um serviço a pessoas que nem sequer reconhecem a ameaça, muito menos a conquista de Israel.
Num mundo que demonizou, deslegitimou e desumanizou Israel, Israel demonstrou não estar intimidado ou desmoralizado. Ao contrário daquele mundo, Israel luta por uma força vital contra um culto à morte.
Além disso, se destruir o eixo xiita baseado no Irã, remodelará o Oriente Médio para melhor e desferirá um golpe na China e na Rússia. Desabilitou o Hamas e o Hezbollah, precipitou a queda do regime de Assad na Síria e agora está neutralizando o Estado mais perigoso do planeta.
O mundo que está contra Israel é um mundo em declínio. Israel não só vencerá esta guerra para sobreviver e prosperar, como também se tornará a potência regional dominante. Com a Grã-Bretanha e grande parte do Ocidente atolados na desmoralização e no derrotismo, também se tornará, na prática, o líder do mundo livre.
Em Israel, o sentimento é mais forte do que nunca de que, aqui mesmo, o destino judaico está sendo refeito.
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