
Durante meses, o público israelense ficou dividido entre duas demandas de partir o coração: o apelo desesperado para trazer nossos reféns para casa e a necessidade urgente de eliminar a ameaça do Hamas de uma vez por todas, para que os israelenses nunca mais sejam ameaçados por Gaza.
Agora, o governo finalmente avançou, aprovando o próximo passo do plano que pode fazer as duas coisas: uma campanha militar completa para conquistar e manter a Faixa de Gaza, embora ajuda humanitária ainda seja dada aos moradores de Gaza, contrariando o direito internacional que não a exige, algo que impede nosso esforço de guerra.
Ainda assim, a boa notícia é que esta não é mais uma rodada de ataques táticos ou pressão temporária. As Forças de Defesa de Israel (IDF) estão finalmente se mobilizando para assumir o controle de toda Gaza, desmantelar as capacidades militares e governamentais do Hamas, isolar o Hamas da ajuda humanitária e realocar os civis de Gaza para o sul, a fim de mantê-los fora de perigo. É uma mudança clara para finalmente implementar a estratégia básica da guerra 101 para derrotar um inimigo.
O triste é que algumas das vozes mais altas que alegam "lutar pelos reféns" agora estão se voltando e atacando o próprio governo que acaba de aprovar o plano estratégico mais sério para realmente derrotar o Hamas — e com ele, a melhor chance restante de trazer os reféns para casa.
Durante meses, esses mesmos manifestantes acusaram Netanyahu de não fazer o suficiente para salvar os reféns. Agora que o governo finalmente aprovou um plano para assumir o controle de Gaza e destruir o poder do Hamas — a única coisa que mantém os reféns presos —, eles subitamente dizem que é "tarde demais" ou que os soldados morrerão "em vão".
Essa contradição não é apenas frustrante — é perigosa.
Nenhum governo na história de Israel esperou tanto tempo para lançar uma ofensiva em grande escala, justamente porque este governo se importava em salvar os reféns.
O Hamas se conteve repetidas vezes, mesmo sob pressão pública por uma vitória total, na esperança de que o Catar, o Egito e Trump/Witkoff pudessem pressionar o Hamas a chegar a um acordo. Mas o Hamas rejeitou todas as ofertas. O Hamas escolheu a guerra em vez da libertação dos reféns.
Este governo não desistiu dos reféns. Deu todas as chances às negociações. Mas, em algum momento, a realidade tem que ser levada em conta. Quanto mais tempo o Hamas sobreviver, menos reféns provavelmente veremos vivos. Quanto mais tempo esta guerra durar, mais difícil será para a sociedade israelense.
Agora, com essa nova decisão — endossada unanimemente pelo gabinete de segurança e alinhada ao plano do Chefe do Estado-Maior das FDI — estamos finalmente fazendo o que deve ser feito: cortando o controle do Hamas sobre a ajuda humanitária, realocando civis para sua proteção e lançando ataques poderosos enquanto controlamos toda Gaza.
Não se trata de uma corrida imprudente para a guerra. É uma jogada calculada para vencer e trazer o máximo de reféns possível para casa.
Os líderes dos manifestantes e os estrategistas de marketing que afirmam se importar em salvar os reféns culpam o governo, não importa o que ele faça, quando adia, quando ataca, quando negocia. Nunca foi uma preocupação honesta. Sempre foi manipulação política, sequestrando a situação dos reféns para derrubar Netanyahu e seu governo. E está prejudicando nossa unidade quando mais precisamos dela.
Se eles realmente se importassem com os reféns — e todos nós deveríamos nos importar —, deveriam ter sido os maiores apoiadores de Netanyahu, lutando esta guerra lentamente e sempre dando uma chance às negociações. E agora, com todas as negociações fracassadas, deveriam apoiar o curso de ação final que finalmente nos dá uma chance real: a vitória total sobre o Hamas.
Porque sem ela, nenhum de nós está seguro. Nem nossos reféns. Nem nossos soldados. Nem nosso povo.
Precisamos encarar uma dura verdade: a única coisa que mantém os reféns em Gaza é o poder do Hamas de mantê-los.*
No momento em que o poder é quebrado, a esperança pelo retorno deles de fato aumenta. Não uma falsa esperança — uma esperança real. Uma esperança baseada em fatos, não em fantasias. O Hamas só entende de força. Quanto mais pressão aplicarmos, maior a chance de eles libertarem reféns para tentar se salvar.
Este plano não ignora os reféns. Está fazendo o necessário para trazer o maior número possível deles de volta para casa — ao mesmo tempo em que protege o restante dos cidadãos israelenses de outro 7 de outubro, seja hoje ou daqui a 5 anos, se lhes for permitido permanecer no poder e reconstruir o país.
Mas há uma verdade mais profunda que não podemos mais ignorar: mesmo derrotar o Hamas militarmente não é o passo final.
Depois que o plano de emigração de Trump for implementado, Israel deve permanecer em Gaza para sempre, não apenas como soldados, mas como povo.
As comunidades judaicas em Gaza devem se erguer novamente — não como vingança, mas como renascimento.
Esta é a nossa terra. Fomos expulsos dela em nome da paz, e tudo o que recebemos foi um massacre. Reconstruir a vida judaica em Gaza envia a mensagem mais clara à região e ao mundo: vocês não podem derrotar o povo judeu. Retornamos cada vez mais fortes.
Que o mundo se enfureça. Que os críticos se queixem. Mas que finalmente façamos o que é certo — pelos reféns, pelos nossos soldados, pelo nosso futuro.
É hora de tornar Gaza judaica novamente a coisa certa, justa e moral a ser feita, e esse é o único caminho para a vitória total nesta guerra.
Este é o momento de concluir a missão. Pela vitória total. Pela vida. Por todos nós.