Enquanto Cuba mergulha na miséria, Manuel Anido Cuesta, enteado do ditador comunista Díaz Canel, vive no luxo em Madri: mais um caso de nepotismo e cinismo comunista
GATEWAY HISPANIC - Joana Campos - 27 Junho, 2025
Enquanto Cuba afunda em uma das piores crises econômicas e sociais de sua história — marcada por apagões prolongados, escassez de alimentos e medicamentos e uma pobreza sufocante — o enteado do líder cubano Miguel Díaz‑Canel, Manuel Anido Cuesta, desfruta de uma vida privilegiada em Madri.
Anido Cuesta está matriculado em um caro programa executivo na prestigiosa IE University Business School, uma das instituições privadas mais exclusivas da Espanha, com mensalidade anual superior a € 12.300, sem incluir o alto custo de vida na capital espanhola.

Este escândalo não só revela o nepotismo do regime cubano, mas também a desconexão de sua elite com o sofrimento dos cidadãos comuns, em um país onde o salário médio mal chega a US$ 15 por mês.

Manuel Anido Cuesta, filho de Lis Cuesta, esposa de Díaz-Canel, não ocupa nenhum cargo oficial no governo cubano. No entanto, seu título de "assessor presidencial" o coloca dentro do círculo interno de poder.
Formado em direito pela Universidade de Havana em 2019, Anido acompanhou o padrasto em viagens internacionais a países como Rússia, Irã, Emirados Árabes Unidos, Coreia do Norte e Vaticano.
Durante uma visita ao Papa Francisco, Díaz‑Canel o apresentou com um comentário irônico como “o oponente da família”, um gesto que contrasta fortemente com sua óbvia integração ao círculo interno do regime.
O estilo de vida de Anido em Madri, no entanto, gerou indignação. Estimativas mostram que o custo mensal para um estudante internacional na capital ultrapassa € 2.000 — um valor inacessível para a grande maioria dos cubanos.
Em um país onde a pobreza extrema afeta milhões e serviços básicos como eletricidade e água são luxos, a opulência de Anido Cuesta — destacada por fotos dele carregando uma pasta Montblanc avaliada em € 1.410 no Irã — é vista como uma afronta direta.
Além dos estudos de elite, a vida pessoal de Anido também chama a atenção: ele tem um relacionamento amoroso com a atriz cubano-espanhola Ana de Armas, estrela de Hollywood conhecida por filmes como Blonde .
O casal foi fotografado em Madri em novembro de 2024, passeando pela Milha de Ouro e jantando no sofisticado restaurante Numa Pompilio. Mais recentemente, foram vistos curtindo férias luxuosas em Gstaad, Suíça, no hotel Le Grand Chalet, onde as diárias variam de € 500 a € 800.

O relacionamento deles gerou críticas ferozes, especialmente entre a comunidade cubana exilada, que acusa de Armas de manchar a imagem do regime cubano ao se associar a alguém ligado ao seu círculo íntimo.
Em contraste com o estilo de vida luxuoso de Anido, os estudantes universitários cubanos enfrentam realidades completamente diferentes. Em maio de 2025, estudantes de várias universidades — como a Central «Marta Abreu» de Las Villas — realizaram uma greve para protestar contra os enormes aumentos nas tarifas de internet da ETECSA.
Os novos preços, que exigem pagamentos em dólares pelos planos de dados, são inacessíveis para a maioria; pacotes de 15 GB pagos em pesos cubanos custam 11.760 CUP, muitas vezes o salário mensal de um funcionário do setor público.
Em vez de atender a essas demandas, o regime respondeu com evasões e repressão, promovendo autoridades como o Ministro do Interior a general do exército — um sinal de crescente autoritarismo.
A questão permanece: quem está financiando a vida de Anido em Madri? Será que o dinheiro de uma nação faminta está pagando suas mensalidades e viagens? A falta de transparência do regime cubano e seu longo histórico de nepotismo sugerem uma resposta preocupante.
Em um país onde presos políticos lotam as prisões e estudantes protestam contra o preço inacessível da internet, a vida de Anido Cuesta em Madri é um lembrete claro de que o socialismo cubano é apenas uma fachada usada para privilegiar alguns poucos selecionados.
Há mais de 30 anos não consigo me esquecer de uma matéria na revista Veja ou Exame que reportou sobre a miséria que o povo vivia em Cuba falando sobre o racionamento de ovos e papel higiênico. Dizendo que como não havia papel higiênico o suficiente, o povo saia coletando papéis de jornal velho onde podiam. E que eles já sabiam qual era o jornal que se usava o papel mais "macio". Eu li essa matéria quando a música na Bahia exaltando o Che Guevara estava em alta( Olodum) ou que o Caetano estava já com a canção dele "Mamãe eu quero ir à Cuba". Gramscismo é literalmente
a$$a$$ino.