Israel matou 9 cientistas nucleares iranianos enquanto dormiam - Arma especial não identificada usada para assassinatos simultâneos
Tradução e Comentário: Heitor De Paola
Uma semana depois de Israel comprometer seriamente o programa nuclear do Irã, eliminando quase todos os seus principais cientistas, detalhes do ataque surpresa — ainda que vagos — estão começando a surgir.
De acordo com várias fontes, a operação para eliminar os cientistas — uma suboperação dentro da Operação Leão Ascendente, nome dado aos ataques ao Irã que começaram nas primeiras horas da última sexta-feira — foi chamada de Operação Nárnia, de acordo com inúmeras fontes.
O Jerusalem Post disse que o nome — tirado do mundo de fantasia dos livros “As Crônicas de Nárnia”, de C.S. Lewis — “reflete a natureza improvável da operação”.
Na verdade, a operação conseguiu eliminar nove dos 10 principais cientistas do programa nuclear do Irã : Fereydoun Abbasi, Mohammad Mahdi Tehranchi, Akbar Matlali Zadeh, Saeed Beraji, Amir Hassan Faqahi, Abd al-Hamid Minushahr, Mansour Asgari, Ahmad Reza Davalparki Daryani e Ali Bakhayi Kathehremi.
Todos os nove cientistas estavam dormindo em suas camas quando foram mortos; Israel decidiu programar a operação para a noite e simultaneamente, para que não houvesse tempo de avisar os outros.
O décimo cientista foi morto logo depois em ataques subsequentes à liderança iraniana e aos programas de armas nucleares e mísseis balísticos do país.
A notícia foi originalmente reportada pela emissora de televisão israelense de língua hebraica Canal 12, que, segundo o Times of Israel , soube que os cientistas "foram mortos usando uma arma especial cujos detalhes foram proibidos de serem publicados".
O décimo cientista nuclear foi morto logo após os outros nove, como parte da operação israelense realizada entre quinta e sexta-feira, que incluiu ataques ao programa de mísseis balísticos do Irã e à instalação nuclear de Natanz, além da eliminação de membros importantes da liderança militar da República Islâmica, segundo a rede.
Todos os cientistas nucleares foram mortos enquanto dormiam em suas camas, com Israel decidindo realizar os assassinatos simultaneamente para que não houvesse tempo de alertar os alvos.
Os cientistas aparentemente acreditavam que estavam seguros de tais ataques em suas casas, disse um alto funcionário israelense ao Canal 12, observando que cientistas nucleares assassinados anteriormente foram mortos enquanto se dirigiam para seus carros depois do trabalho.
Não está claro quais métodos os israelenses usaram para matar os cientistas, mas o estado judeu demonstrou uma engenhosidade notável ao rastrear seus inimigos e pegá-los em situações em que eles não tinham consciência do perigo.
Talvez o melhor exemplo recente disso tenha sido a operação que usou pagers explosivos para eliminar grande parte da estrutura de liderança do Hezbollah em um esquema executado no outono passado.
A inteligência israelense chegou ao ponto de licenciar e construir um pager com o explosivo plástico tetranitrato de pentaeritritol — mais conhecido como PETN, um dos componentes da bomba que derrubou o voo 103 da Pan Am em 1988 — e criar uma história de fundo elaborada para o modelo de pager encomendado pela liderança do Hezbollah.
Segundo a Reuters , a organização terrorista com sede no Líbano passou a usar pagers após perceber que Israel havia se infiltrado em suas redes de celular. O ataque matou pelo menos 40 pessoas.
Não está claro se essa arma é semelhante à arma usada na Operação Nárnia ou se uma estratégia diferente foi empregada para matar os cientistas.
No entanto, o Canal 12 informou que os cientistas iranianos estavam sendo rastreados há anos pela inteligência israelense; a decisão de eliminá-los foi tomada em novembro passado.
“Oficiais de inteligência israelenses sentiram que a morte dos cientistas nucleares era a parte mais importante da Operação Nárnia porque a liderança militar e o equipamento destruído seriam mais facilmente substituíveis, enquanto o conhecimento detido pelos cientistas nucleares levaria muito mais tempo para ser apurado, disse a rede, citando um alto funcionário israelense não identificado”, relatou o Times of Israel.
Israel também aproveitou os ataques como parte de sua guerra de informação contra o Irã, enviando uma mensagem da conta de mídia social das Forças de Defesa de Israel em persa dizendo que altos funcionários do regime estavam implorando reservadamente para que eles não transformassem o país em Gaza ou no Líbano após a série inicial de ataques.
Essa vantagem tática também ajudou quando o Irã atacou um prédio pertencente à agência de inteligência israelense Mossad. "O Irã afirma ter atacado um prédio do Mossad com mísseis", dizia a publicação. "Felizmente, não havia ninguém lá... todos estão no Irã."
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COMENTÁRIO DO EDITOR/TRADUTOR: antes de pensarem “que horror, matar cientistas”, lembrem que Josef Mengele também era um “cientista”, assim como vários “psiquiatras” das psykuchkas soviéticas, para onde iam todos os que não aceitavam a dialética marxista “científica”, na URSS.
HEITOR DE PAOLA
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