JD Vance defende o ensino católico tradicional sobre imigração, provocando indignação esquerdista

Tradução: Heitor De Paola

"Há algo muito perturbado na mente da extrema esquerda neste país", disse JD Vance, "onde eu realmente acho que eles sentem mais compaixão pelos imigrantes ilegais que não têm o direito de estar neste país do que pelos seus concidadãos."

( LifeSiteNews ) — O vice-presidente JD Vance defendeu o ensinamento católico tradicional sobre o cuidado com a própria família e o país diante de imigrantes estrangeiros, provocando indignação esquerdista e debate online.

Durante uma entrevista na Fox News, Vance e o apresentador Sean Hannity discutiram o fato de que analistas políticos e influenciadores de esquerda parecem se importar mais com imigrantes ilegais do que com seus concidadãos que foram assassinados ou estuprados por estrangeiros ilegais.

“Há algo muito perturbado na mente da extrema esquerda neste país, onde eu realmente acho que eles sentem mais compaixão pelos estrangeiros ilegais que não têm o direito de estar neste país do que por seus concidadãos”, disse Vance.

“Como líder americano, mas também como cidadão americano, sua compaixão pertence primeiro aos seus concidadãos.”

“Isso não significa que você odeia pessoas de fora de suas fronteiras, mas existe essa velha escola — e eu acho que é um conceito muito cristão, a propósito — você ama sua família, depois ama o próximo, depois ama sua comunidade, depois ama seus concidadãos em seu próprio país e então, depois disso, você pode se concentrar e priorizar o resto do mundo”, ele explicou.

“Muitos da extrema esquerda inverteram isso completamente, eles parecem odiar os cidadãos de seu próprio país e se importar mais com pessoas fora de suas próprias fronteiras. Essa não é a maneira de administrar uma sociedade.”

Os comentários de Vance se tornaram virais no X, gerando discussão teológica. Muitos leigos esquerdistas e “progressistas” e “ teólogos ” criticaram Vance por supostamente deturpar o ensino cristão porque eles afirmam que somos chamados a amar a todos igualmente. Entre os que criticaram Vance estava o ativista LGBT notoriamente heterodoxo, Pe. James Martin .

Vance defendeu suas declarações sobre a ordem de caridade e obrigações, dizendo:

Basta pesquisar no Google “ordo amoris”. Além disso, a ideia de que não há uma hierarquia de obrigações viola o senso comum básico. Rory realmente acha que seus deveres morais para com seus próprios filhos são os mesmos que seus deveres para com um estranho que vive a milhares de quilômetros de distância? Alguém acha?

Teólogos e filósofos católicos ortodoxos se manifestaram para defender as declarações de Vance como um resumo do ensinamento católico tradicional.

“É uma noção cristã chamada 'ordo caritatis', a ordem da caridade”, escreveu o professor de teologia da Universidade de Steubenville, Michael Sirilla . “Santo Agostinho e São Tomás de Aquino expressam isso eloquentemente e Vance resume isso aqui habilmente.”

O professor de filosofia Edward Feser também defendeu Vance e escreveu : “A visão correta (comum a Confúcio, Aristóteles, Aquino e ao senso comum da humanidade em geral) é que nossa natureza social e suas obrigações consequentes se manifestam primeiramente na família, depois nas comunidades locais, depois na nação como um todo, e somente depois disso em nosso relacionamento com a humanidade em geral.”

Muitos protestantes conservadores também saíram em defesa de Vance.

“JD Vance está, é claro, correto sobre a ordem adequada dos amores”, escreveu a influenciadora calvinista Allie Beth Stuckey . “Permitir que um estranho entre em sua casa para dormir na cama dos seus filhos e comer a comida deles não faz de você uma boa pessoa, faz de você um mau pai.”

A professora e autora evangélica Nancy Pearcey também concordou com Vance, citando Santo Agostinho e o proeminente autor e teólogo anglicano CS Lewis, que reiterou o conceito em seu livro A Abolição do Homem .

“De acordo com Lewis (e Agostinho antes dele), devemos amar as coisas no grau em que elas devem ser amadas: é errado amar algo muito pouco, mas também é errado amar algo demais. Devemos estabelecer uma prioridade entre as coisas que amamos”, escreveu Pearcey.

“O mais importante para o cristão é o amor a Deus, seguido de perto pelo amor à família. Há algo como um círculo concêntrico de amores irradiando de cada pessoa, com os círculos mais internos merecendo nosso maior foco.”

São Tomás de Aquino, conhecido como o doutor universal da Igreja Católica, ensina esta ordem de caridade na sua Summa Theologiae, onde afirma que “em questões relativas à natureza devemos amar mais os nossos semelhantes, em questões relativas às relações entre cidadãos, devemos preferir os nossos concidadãos, e no campo de batalha os nossos companheiros soldados.” ( Summa Theologiae II, II, Pergunta 26)

JD Vance contra a USCCB e o Padre Martin

Vance entrou recentemente em conflito com a USCCB sobre política de imigração depois que a conferência dos bispos chamou o plano de imigração do governo Trump de "profundamente preocupante".

Vance rebateu os bispos dos EUA, afirmando: “A Conferência dos Bispos Católicos dos EUA precisa realmente se olhar um pouco no espelho e reconhecer que, quando recebem mais de US$ 100 milhões para ajudar a reassentar imigrantes ilegais, eles estão preocupados com questões humanitárias ou estão realmente preocupados com seus resultados financeiros?”

Vance continuou observando que “se a Conferência dos Bispos Católicos dos EUA está preocupada com os custos humanitários da aplicação da lei de imigração, que falem sobre as crianças que foram vítimas de tráfico sexual por causa da fronteira aberta de Joe Biden; que falem sobre pessoas como Laken Riley, que foram brutalmente assassinadas [por um imigrante ilegal]”.

O advogado canônico Pe. Gerald Murray recentemente expôs por que a USCCB e o Pe. Martin estão errados sobre imigração, explicando que o ensinamento católico permite que os países limitem a imigração e deportem estrangeiros ilegais para proteger seus próprios cidadãos.

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