O Crime do Desengajamento, a Punição de 7 de Outubro
O restabelecimento dos assentamentos israelenses em Gaza é um imperativo estratégico para afirmar os direitos judaicos à terra, restabelecer a dissuasão e impedir a repetição do massacre.
VIRTUAL JERUSALEM
STAFF - 23 AGO, 2024
O Desengajamento de 2005, que viu Israel se retirar unilateralmente de Gaza e desmantelar assentamentos judaicos como Gush Katif, agora foi lançado em forte relevo contra os eventos recentes de 7 de outubro de 2023. O massacre que se desenrolou neste dia é um testemunho sombrio do fracasso dessa decisão, que deveria trazer paz, mas em vez disso levou diretamente a um dos dias mais sombrios da história israelense. Como o Major General (res.) Gershon Hacohen apropriadamente observou, se as cidades de Gush Katif não tivessem sido evacuadas, o massacre de 7 de outubro nunca teria acontecido.
Após o Desengajamento, Gaza foi entregue à Autoridade Palestina, que foi rapidamente dominada pelo Hamas em 2007. Isso marcou o início de um reinado de terror que transformou Gaza em uma plataforma de lançamento para agressões contínuas contra Israel. De acordo com Hacohen, "Se não tivesse havido Desengajamento, não teria havido 7 de outubro, porque o Hamas não poderia ter se organizado para isso da maneira como se organizou". Ele elaborou sobre o vácuo estratégico criado pela retirada de Israel, permitindo que o Hamas convertesse a área de Gush Katif em um campo de treinamento, construindo modelos de cidades, cercas e tanques israelenses para se preparar para suas incursões mortais.
As implicações das observações de Hacohen são claras: o Desengajamento forneceu ao Hamas o espaço e a oportunidade de se fortalecer, transformando Gaza em um reduto terrorista fortemente fortificado. Esse resultado era previsível para alguns. O próprio Hacohen, que comandou o Desengajamento, expressou suas preocupações desde o início, afirmando: "Mesmo assim, pensei que era um erro, e todos sabiam disso". A realidade acabou sendo ainda mais catastrófica do que ele poderia ter previsto, ressaltando a necessidade urgente de reconsiderar a abordagem estratégica de Israel para Gaza.
O caso estratégico para o restabelecimento dos colonatos israelitas
O caminho a seguir deve ser ousado e inflexível. Restabelecer os assentamentos israelenses em Gaza não é apenas uma questão de recuperar terras perdidas, mas uma necessidade estratégica para garantir a segurança das fronteiras do sul de Israel. A presença de comunidades judaicas em Gaza serviria como um impedimento constante, interrompendo as capacidades operacionais do Hamas e impedindo o tipo de treinamento e planejamento que levaram aos ataques de 7 de outubro.
Reassentar Gaza também atuaria como uma forma de recompensa pelas atrocidades cometidas. Para cada ato de agressão, deve haver consequências que ressoem não apenas com o Hamas, mas com o mundo árabe mais amplo. O restabelecimento dos assentamentos israelenses enviaria uma mensagem clara: a agressão será recebida com uma resposta firme, incluindo mudanças territoriais e demográficas que favoreçam a segurança e a soberania de Israel.
O analista da Heritage Foundation, James Phillips, destacou em sua análise dos eventos de 7 de outubro que qualquer vácuo de segurança deixado pelas retiradas israelenses é rapidamente explorado por elementos radicais. “O erro de Israel”, ele argumenta, “foi pensar que o vácuo poderia ser preenchido pela Autoridade Palestina ou qualquer semelhança de governança pacífica. Na realidade, o vácuo foi preenchido pelo Hamas e outros extremistas, transformando Gaza em um enclave terrorista que ameaça não apenas Israel, mas a estabilidade regional.”
Prevenção de catástrofes futuras
O ressurgimento de assentamentos israelenses em Gaza restabeleceria uma zona de amortecimento crítica para prevenir ataques futuros. Isso dificultaria a mobilidade de células terroristas, criaria uma camada de inteligência humana e daria a Israel uma profundidade estratégica que está atualmente ausente. O restabelecimento de assentamentos também reforçaria o moral israelense, restaurando um senso de propósito e continuidade histórica após anos na defensiva.
Os críticos argumentam que o reassentamento de Gaza levaria à condenação internacional e a mais conflitos. No entanto, a história mostra que ceder território para apaziguar adversários frequentemente leva a mais violência, não menos. A segurança de Israel e a segurança de seus cidadãos devem ter precedência sobre preocupações com a opinião internacional ou as reações de uma entidade hostil como o Hamas.
Uma lição de dissuasão
Os ataques de 7 de outubro ensinaram uma dura lição: Israel não pode se dar ao luxo de abrir mão do controle sobre áreas que impactam diretamente sua segurança nacional. A tragédia daquele dia não estava apenas nas vidas perdidas, mas na dura percepção de que erros de cálculo estratégicos têm consequências tangíveis e devastadoras. Reestabelecer assentamentos em Gaza não é apenas uma questão de corrigir um erro histórico; é um movimento crítico para garantir que tal catástrofe nunca mais aconteça.
O Desengajamento foi um erro fatal que, se não for abordado, continuará a assombrar Israel. A única solução racional é recuperar territórios estratégicos como Gaza, reforçando a presença israelense e enviando um sinal claro ao Hamas e seus apoiadores. Israel deve demonstrar que sua terra, seu povo e sua soberania não são negociáveis. O restabelecimento de assentamentos não é apenas uma política; é um imperativo para a sobrevivência nacional.