Orbán ataca acordo da OTAN, e não será forçada a participar em ações militares na Ucrânia nem a financiar a guerra de forma alguma
Ao longo deste conflito, Orbán manteve a posição de que a Hungria, como membro da OTAN, não tem obrigação de enviar tropas ou financiar a guerra

PORLIZ 12 DE JUNHO DE 2024
Tradução: Heitor De Paola
Numa conferência de imprensa após a reunião entre o primeiro-ministro Viktor Orbán e o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, a Hungria saiu com garantias de que lhe será permitido manter a sua posição pró-paz.
“Hoje recebemos garantias de que, no caso da guerra Ucrânia-Rússia, não teremos de participar em qualquer ação militar fora do território da Hungria e que a Hungria não dará dinheiro para este fardo comum, nem enviará homens a esta guerra, nem o território da Hungria será utilizado para efeitos de adesão a esta guerra. Foi-nos concedido tudo o que consideramos necessário”, anunciou Orbán.
Acrescentou que a Hungria continua a ser um participante ativo nas operações da NATO, destacando os 1.300 soldados húngaros em missões da NATO; actividades de policiamento aéreo na Eslováquia, na Eslovénia e nos Estados Bálticos; e o seu papel como elo de ligação entre a Ásia Central e a África.
Por seu lado, o secretário-geral Stoltenberg reiterou o direito da Hungria à autonomia, ao mesmo tempo que garantiu que Orbán não impedirá de forma alguma as decisões de outros membros da NATO de se envolverem mais no conflito.
“O primeiro-ministro Orbán deixou claro que a Hungria não participará nestes esforços da NATO e eu aceito esta posição. (…) Nenhum pessoal húngaro participará nestas atividades e não serão utilizados quaisquer fundos húngaros para as apoiar. Ao mesmo tempo, o primeiro-ministro garantiu-me que a Hungria não se oporá a estes esforços, permitindo que outros aliados avancem”, afirmou o secretário-geral da NATO.
Ao longo deste conflito, Orbán manteve a posição de que a Hungria, como membro da NATO, não tem qualquer obrigação de enviar tropas ou facilitar de forma alguma operações militares. Hoje, o Secretário Geral Stoltenberg confirmou isto, afirmando:
“Não é uma obrigação da OTAN participar em todas as missões, operações ou atividades da OTAN, desde que todos os aliados da OTAN cumpram as obrigações fundamentais do Tratado de Washington, a nossa defesa coletiva, as nossas garantias de segurança.”
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