Orbán da Hungria anuncia nova aliança ‘Patriotas pela Europa’ com nacionalistas austríacos e checos
Espera-se que a nova aliança se torne o grupo político de direita mais forte no Parlamento Europeu
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REMIX
DÉNES ALBERT - 1 JUL, 2024
O Partido da Liberdade da Áustria (FPÖ), o ANO da República Checa e o Fidesz da Hungria formaram uma nova coligação de direita, anunciaram os respectivos líderes dos partidos numa conferência de imprensa conjunta em Viena, no domingo.
O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, o ex-primeiro-ministro checo, Andrej Babiš, e o líder da oposição austríaca, Herbert Kickl, disseram que a nova aliança esperançosamente atrairia outros a aderir e a tornar-se o maior grupo político nacionalista no Parlamento Europeu.
“Hoje estamos a criar uma formação política que irá ‘avançar’ e tornar-se-á muito rapidamente no agrupamento mais forte e na maior facção da direita europeia”, disse Orbán.
O primeiro-ministro húngaro espera que isto aconteça dentro de alguns dias, e então o “céu será o limite”.
Orbán salientou que a situação na Europa é clara, que a política europeia deve mudar e que a mudança é necessária na Europa.
Sublinhou que em 20 dos 27 Estados-Membros da UE, os partidos que prometeram mudanças aos cidadãos venceram as eleições para o Parlamento Europeu.
O líder húngaro revelou que os partidos adoptaram o manifesto dos Patriotas, que resume os ideais e objectivos em torno dos quais estão a organizar o seu trabalho.
Segundo Orbán, a economia europeia está em crise, o seu peso está a diminuir e a ameaça do terrorismo e da migração é constante. Ele alertou para a guerra em curso no quintal da Europa que a elite liberal europeia não conseguiu impedir de irromper ou de parar.
“Hoje é um dia histórico, pois apresentaremos o grupo de três partidos e seus representantes, que pretende provocar uma mudança política na Europa, na sessão inaugural do Parlamento Europeu, em Estrasburgo, no dia 16 de julho. liberdade, soberania, paz, prosperidade e valores”, disse Herbert Kickl.
“Não ficaremos de braços cruzados a assistir à emergência de um superestado europeu em que os parlamentos dos estados membros degeneram numa espécie de folclore, onde a soberania e a autodeterminação dos estados individuais são frases vazias. Queremos uma Europa que mais uma vez se mostre e se desenvolva com orgulho, valores, tradições e diversidade”, afirmou o presidente do FPÖ. Ele acrescentou que “a Europa não quer ser deixada a Macron, Von der Leyen ou a alguma experiência de esquerda”.
Na conferência de imprensa, Andrej Babiš sublinhou que a política ambiental da UE deveria ter mais em conta o desenvolvimento económico, a fim de não comprometer a competitividade da Comunidade. Devem ser encontradas soluções tecnicamente sólidas, economicamente viáveis e socialmente justas.