ORIGEM DOS DISTÚRBIOS ATUAIS NO UK
Declaração de entidades islâmicas após as modificações na lei para obtenção de cidadania britânica de 2004
Os Seguidores de Ahl us-Sunnati wal-Jamaa’ah
Tradução: Heitor De Paola
Nossa lealdade é com Allah, não com a Rainha
Após mudanças na lei sobre obtenção de cidadania no Reino Unido, milhares de pessoas agora serão obrigadas a fazer um juramento de lealdade à Rainha e prometer obedecê-la e defender os chamados valores livres e democráticos de Taaghout (deuses falsos). Esta nova lei que entrou em vigor em janeiro de 2004 obriga qualquer um que deseje receber cidadania a fazer um juramento de lealdade e prometer que defenderá a lei kufr (não islâmica) da terra. É irônico que em um país chamado "livre" esta nova lei o force a jurar lealdade à Rainha (ou a voltar para seu próprio país) e ao mesmo tempo peça a você, em contraste, para defender a liberdade. Onde exatamente está a liberdade a que eles estão se referindo?
Na verdade, essa promessa embaraçosa, humilhante e degradante de obedecer à Rainha mostra claramente o ódio, racismo e animosidade do governo britânico em relação ao islamismo e aos muçulmanos, como Allah (swt [*]) diz no Corão: "Os judeus e cristãos (não muçulmanos) nunca ficarão satisfeitos com você até que você siga sua religião (e ideologia)". (EMQ Al-Baqarah, 2: 120 [**])
NOTAS DO TRADUTOR:
[*] swt: Subhanahu wa ta'ala, em árabe "O mais glorificado, o mais alto", título honorífico muçulmano para Allah. Quando a referência é a Mohammed usa-se saws: “sallallahu alayhi wa salaam" (que as orações e a paz de Allah estejam com ele).
[**] EMQ: ayn mīm qāf, raiz trilateral do Corão. Referencia (Este é o livro! Não há dúvidas sobre isso) a Sunnah citada, no caso a 2ª Sunnah do Corão, Al-Baqarah, A Vaca, vers. 120
O juramento segue uma série de medidas introduzidas (e sendo introduzidas) pelo regime de Blair, após o 11 de setembro, com a intenção de destacar a comunidade muçulmana por seu racismo e ataque. Isso inclui:
• • Emendas à Lei do Terrorismo de 2000, levando à internação de vários muçulmanos por mais de 2 anos, como Abu Qataadah e a proscrição de muitas organizações islâmicas envolvidas em atividades relacionadas à Jihaad.
• • Mais emendas à Lei do Terrorismo, planejadas por Blunkett, que introduzirão tribunais de estilo militar, evidências secretas e um limite menor de culpa para muçulmanos suspeitos de crimes relacionados ao terrorismo.
• • Uma nova campanha publicitária, lançada pela polícia metropolitana, chamada ‘Life Savers’, onde uma imagem de uma mulher usando um Nikaab está sendo usada para persuadir as pessoas a fazer da cidade um ‘lugar hostil para terroristas’
Portanto, é inevitável que os descrentes conspirem e planejem sua corrupção e tirania de uma maneira aparentemente ‘prestigiosa’, convocando as pessoas para uma ‘cerimônia honrosa’ para declarar sua adoração à Rainha e à lei feita pelo homem. Após um discurso de boas-vindas, o Superintendent Registrar o convidará a fazer o Juramento de fidelidade ou, se preferir, a falar a afirmação de fidelidade:
“Eu (nome) juro por Deus Todo-Poderoso que, ao me tornar um cidadão britânico, serei fiel e prestarei verdadeira fidelidade a Sua Majestade, a Rainha Elizabeth II, seus herdeiros e sucessores, de acordo com a lei.” Ou para afirmar sua fidelidade testemunhando: “Eu (nome) declaro e afirmo solenemente, sinceramente e verdadeiramente que, ao me tornar um cidadão britânico, serei fiel e prestarei verdadeira fidelidade a Sua Majestade, a Rainha Elizabeth II, seus herdeiros e sucessores, de acordo com a lei.”
Este juramento de obedecer, adorar e se submeter à Rainha é então seguido pelo juramento de cidadania: “Eu darei minha lealdade ao Reino Unido e respeitarei seus direitos e liberdades. Eu defenderei seus valores democráticos. Eu observarei suas leis fielmente e cumprirei meus deveres e obrigações como cidadão britânico.”
Não há dúvida de que prometer adorar, obedecer e se submeter à Rainha e Taaghout (qualquer coisa adorada, obedecida, submetida ou seguida além de Allah) é shirk akbar e kufr no Islã (ou seja, um ato de apostasia), como Allah (swt) diz no Corão: "Esteja ciente de que Laa ilaaha illallah (ninguém é digno de adoração, obediência e submissão além de Allah)". (EMQ Muhammad, 47: 19)
Aquele que promete adorar algo ou alguém além de Allah não é um muçulmano, mas sim um herege e apóstata (se ele/ela alega ser muçulmano). Esta promessa mostra o desespero e a inferioridade do governo britânico, ao forçar as pessoas a se tornarem não-muçulmanas por meio da declaração de sua lealdade à Rainha, que a maldição de Allah esteja sobre ela.
Ó muçulmanos! Não se tornem apóstatas jurando adorar a Rainha e tomando-a como ilaah (ou seja, um falso deus) ou andaad (uma rival de Allah). Ela não é digna de salaam (saudações), muito menos de ser adorada e obedecida. Não se tornem munaafiq (um hipócrita) testemunhando algo em que você não acredita e estejam cientes de que seus eemaan (ditos e ações) manifestam sua crença, portanto, se você prometer adorar a Rainha (uma ação verbal), é uma manifestação do seu interior (o que está em seu coração, ou seja, kufr e shirk).
Oh Allah, testemunhe que transmitimos a mensagem.
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COMENTÁRIO DO EDITOR/TRADUTOR: surpreende que, as autoridades britânicas, tendo feito vista grossa à esta - e outras - declarações, o Reino Unido esteja passando, 20 anos depois, pelo que que está passando agora? Todos os estudiosos do Islam sabem que os muçulmanos falam sempre literalmente, jamais usam insinuações, ameaças ou provocações, dizem exatamente o que pretendem fazer! Os grandes “intelectuais” sabe-tudo ocidentais escutam isto e julgam dentro dos referenciais e paradigmas ocidentais: ora, é só ameaça, ou é só para provocar. Estão aprendendo da pior maneira possível. Estarão mesmo aprendendo e saindo de sua arrogância e prepotência e dispostos a estudar o Islam antes que seja tarde demais? Se já não for!
HEITOR DE PAOLA