Por que o presidente Trump pressionou Israel a fazer um acordo com o Hamas?
Só podemos esperar que a pressão de Trump faça parte de um plano maior para garantir a vitória total de Israel, não sua rendição.
Avi Abelow - 16 JAN, 2025
Parece que o acordo negociado sob pressão do novo presidente Trump está fechado, forçando Israel a libertar terroristas e essencialmente se retirar de Gaza em troca da libertação de alguns reféns.
Fiquei lutando contra uma profunda confusão e descrença.
Como é possível que, depois de suportar o ataque mais horrível da história moderna de Israel — um massacre em 7 de outubro que ceifou milhares de vidas e levou ao sequestro de homens, mulheres e até bebês inocentes — Israel ainda seja pressionado?
Por que o Estado judeu, vítima dessa barbárie, é forçado a capitular às exigências de seus inimigos?
Por que o Hamas, o Irã, o Catar e o Egito — os mesmos atores cúmplices desse massacre — não estão sendo responsabilizados?
A injustiça da pressão internacional
O próprio fato de Israel estar sob essa pressão reflete um cálculo moral distorcido. Pior ainda, os termos rumores desse acordo estão além da compreensão: libertar mais de 1.000 terroristas, retirar-se de Gaza e deixar o Hamas vitorioso.
O Hamas vencendo esta guerra envia uma mensagem para todo o mundo pró-Jihad de que massacres, sequestros e terrorismo funcionam. Isso coloca em risco cada cidadão em todo o mundo amante da liberdade.
Por que Trump, que construiu sua reputação na paz pela força, pressionaria Israel a tal acordo? Não se alinha com suas declarações anteriores. Apenas algumas semanas atrás, ele alertou que todos os reféns devem ser libertados até 20 de janeiro, ou, como seu vice-presidente eleito Vance esclareceu, Israel teria total apoio para obliterar o Hamas.
Então, o que mudou?
Algo não bate certo
Esta situação levanta muitas questões:
1. Por que Trump mudaria de rumo?
A retórica passada de Trump enfatizou a paz por meio da força. Ele sabe quem são os bandidos. Por que ele pressionaria Israel a apaziguar o Hamas e o Irã, minando sua própria credibilidade e a segurança de Israel?
2. Por que Israel está cedendo agora?
O primeiro-ministro Netanyahu resistiu a pressões semelhantes por mais de um ano ao não concordar com as concessões perigosas que colocariam Israel em perigo e nem mesmo devolveriam todos os nossos reféns. Por que ele concordaria agora com o mesmo acordo que deixa o Hamas vivo e encorajado a matar e sequestrar mais israelenses daqui para frente?
3. Existe um panorama mais amplo?
Poderia ser uma manobra estratégica de Trump para permitir que Israel destrua o Hamas depois de 20 de janeiro? Seria um movimento calculado para proteger os reféns enquanto prepara o cenário para a vitória final de Israel?
4. Isso pode ser uma forma de impedir um ato anti-Israel final do governo Biden?
Com notícias avaliando que o governo Biden está planejando um ataque diplomático de última hora contra Israel na ONU, a pressão estratégica de Trump para que Israel aceite esse horrível acordo Biden/Blinken com o Hamas pode ter como objetivo impedir a ação anti-Israel da ONU?
O ponto principal é que não sabemos as respostas, apenas que as coisas, como parecem, não fazem sentido.
As verdadeiras apostas
Em última análise, o foco de Israel não é apenas garantir a libertação de reféns. É garantir que o que aconteceu em 7 de outubro nunca mais aconteça.
Reconquistar Gaza, colocá-la sob soberania israelense e torná-la judaica novamente não é apenas um imperativo moral — é uma necessidade estratégica. Qualquer coisa menos que isso encoraja o Hamas, todos os nossos inimigos, e garante futuros massacres e sequestros.
Esta guerra não pode terminar com o Hamas ainda no poder em Gaza. Se terminar, apesar da surra que Israel deu ao Hamas, sua sobrevivência os encoraja a nos matar outro dia e significa que Israel, no final das contas, terá perdido a guerra. E não apenas para Israel — isso seria uma perda para cada nação amante da liberdade que depende de Israel como a linha de frente de defesa contra a jihad islâmica.
Um tempo para fé e determinação
Se esse acordo for levado adiante, então algo muito mais significativo está em jogo. Só podemos esperar que a pressão de Trump seja parte de um plano maior para garantir a vitória total de Israel, não sua rendição.
Enquanto aguardamos clareza nos próximos dias e semanas, peço a todos que se concentrem no que podemos controlar:
? Reze pelo retorno seguro de todos os reféns.
? Ore para que a liderança de Israel permaneça firme e tome decisões que protejam o povo judeu e garantam nossa soberania.
? Ore pela vitória total sobre as forças islamitas que nos ameaçam e a todo o mundo amante da liberdade.
Independentemente de o Hamas concordar com esse acordo e ele passar ou não, o estado judeu de Israel prevalecerá. Esta guerra não é apenas sobre Israel — é sobre o futuro de todo o mundo amante da liberdade, mesmo que tenhamos que lutar sozinhos.
Avi Abelow é o apresentador do podcast/vídeo diário Pulse of Israel e CEO da 12Tribe Films Foundation.