Relatório da OTAN: A Defesa Aérea no Flanco Oriental da Europa É Criticamente Insuficiente Para Combater a Rússia
Uma avaliação confidencial da OTAN revela que as capacidades de defesa aérea da aliança no seu flanco oriental são gravemente inadequadas
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REMIX
GRZEGORZ ADAMCZYK - 31 MAI, 2024
A guerra na Ucrânia sublinhou a importância da defesa aérea, como demonstram os pedidos de Kiev de sistemas e mísseis adicionais para proteger cidades, forças militares e infra-estruturas energéticas de ataques aéreos diários. Contudo, de acordo com o Financial Times, a Europa está lamentavelmente despreparada para ataques aéreos semelhantes.
Citando fontes familiarizadas com os planos de defesa confidenciais da NATO do ano passado, o relatório afirma que os países da NATO podem actualmente fornecer menos de 5 por cento da capacidade de defesa aérea considerada necessária para proteger os estados membros da Europa Central e Oriental de um ataque em grande escala.
Um alto diplomata da OTAN enfatizou a natureza crítica da defesa aérea e antimísseis na proteção da Europa Oriental contra invasões, afirmando: “E neste momento, não temos isso”.
O artigo do FT destaca preocupações entre alguns líderes e comandantes militares europeus de que a Rússia possa ser capaz de atacar um Estado membro da NATO até ao final da década. A utilização extensiva de mísseis, drones e bombas planadoras altamente destrutivas da era soviética na Ucrânia sublinhou a necessidade urgente de reconstruir as capacidades de defesa da OTAN, após décadas de cortes nas despesas com a defesa.
“A defesa aérea é uma das maiores lacunas que temos. Não podemos negar isso”, disse outro diplomata da NATO.
A incapacidade dos Estados europeus da NATO de fornecer à Ucrânia equipamento adicional de defesa aérea nos últimos meses demonstrou os arsenais limitados de sistemas caros e de produção lenta na Europa. Estas preocupações são exacerbadas pela utilização pela Rússia de drones baratos e de longo alcance contra a Ucrânia, observa o Financial Times.
“Os ataques de longo alcance já não são uma capacidade de superpotência”, observou um responsável da defesa ocidental.
Um responsável da NATO reconheceu que “os objectivos e planos de defesa são confidenciais”, mas afirmou que a defesa aérea e antimísseis é “uma prioridade máxima” e que “os arsenais diminuíram”. O responsável acrescentou que os novos planos de defesa da NATO aumentam significativamente os requisitos de defesa aérea e antimísseis em termos de quantidade e prontidão, com os países membros a investir em novas capacidades de defesa aérea, incluindo aviões de combate.
Após a invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia em Fevereiro de 2022, os Estados Unidos implantaram um sistema de defesa aérea Patriot para proteger o aeroporto polaco Rzeszów-Jasionka, um centro de armas ocidentais enviadas para a Ucrânia. No entanto, as autoridades indicam que os membros da OTAN têm poucos sistemas deste tipo disponíveis e a sua capacidade de os implantar fora dos seus próprios territórios é severamente limitada.