Termos do desastroso acordo de reféns
Tradução e Comentário: Heitor De Paola
Peloni: Este é um gráfico útil, mas não consegue notar que há muitos aspectos do acordo que ainda precisam ser esclarecidos, sobre quais negociações estarão em andamento enquanto o acordo se desenrola, que serão usadas pelo Hamas para evitar um retorno das hostilidades enquanto eles paralisam as negociações. De acordo com o campo de Biden, enquanto as negociações estiverem em andamento, as hostilidades serão bloqueadas. Isso apenas incentiva o Hamas a prevaricar e arrastar as negociações. Portanto, resta saber até que ponto o novo governo Trump concorda com Biden nessa posição. Em qualquer caso, como tem sido verdade desde o início da guerra, caberá a Netanyahu exercer a chutzpah nacional que caracteriza uma nação soberana e tomar a decisão de forma independente, independentemente do que o governo Trump insista.
Outra questão relacionada a esse acordo é que a condição dos que estão sendo libertados, ou seja, vivos ou mortos, é completamente desconhecida, e uma lista abrangente de reféns, vivos ou mortos, mantidos pelo Hamas ainda não foi fornecida.
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COMENTÁRIO
A palavra desastroso no título é minha.
Trump, ao invés de criar agenda própria, continuou a de Biden, sacrificando Israel e impôs essa absurda troca de 33 reféns vivos ou mortos, por 1.650 assassinos que imediatamente reforçarão o que resta das tropas do Hamas. Além disso, na última fase, Israel se retirará de Gaza! Os vitoriosos se rendem? Mais uma vez Israel cede tudo quando está ganhando.
Imaginem em março de 1945, com a gurra praticamente ganha, a “comunidade internacional” impor um cessar-fogo e Hitler exigir todos os prisioneiros de guerra alemães em troca de meia dúzia de reféns, e Churchill, Eisehower, Truman e Stalin aceitarem e os nazistas continuarem a guerra reforçados!
Isso nunca aconteceu na história das guerras: o vencedor ser obrigado por falsos aliados a se render aos derrotados.
Entendo perfeitamente a revolta de 70% dos israelenses e a atitude de Bezazel Smotrich e Itamar Ben Gvir.
Deixo aqui uma suspeita mais como wishful thinking: será que há um acordo secreto entre Trump e Netanyahu e esse acordo não passar de uma farsa?
HEITOR DE PAOLA