UE rejeita oferta da China para evitar tarifas de veículos elétricos antes de visita oficial
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THE EPOCH TIMES
12.09.2024 por Catherine Yang
Tradução: César Tonheiro
A Comissão Europeia, atualmente finalizando novas tarifas para importações chinesas de veículos elétricos, disse em 12 de setembro que rejeitou ofertas de preço mínimo de empresas chinesas como alternativa às tarifas.
A União Europeia (UE) lançou uma investigação sobre as importações chinesas de veículos elétricos (sigla em inglês EVs) no ano passado e descobriu que o estado subsidiou injustamente a indústria de veículos elétricos da China. Como resultado, os EVs estrangeiros não são precificados de acordo com um mercado competitivo, e permitir importações a preços estabelecidos pelos fabricantes chineses prejudicaria o mercado europeu, de acordo com a UE, exigindo uma tarifa.
Um porta-voz da Comissão Europeia disse que as novas propostas de empresas chinesas não compensariam o efeito dos subsídios estatais.
"Nossa revisão se concentrou em saber se as ofertas eliminariam os efeitos prejudiciais dos subsídios e poderiam ser efetivamente monitoradas e aplicadas. A Comissão concluiu que nenhuma das ofertas atendeu a esses requisitos", disse um porta-voz.
O porta-voz disse que a UE está aberta a negociações, desde que as propostas cumpram as regras da Organização Mundial do Comércio e "remediem totalmente os efeitos prejudiciais dos subsídios identificados".
Em 19 de setembro, o ministro do Comércio chinês, Wang Wentao, deve chegar à Europa para se encontrar com o chefe de comércio da UE, Valdis Dombrovskis, para tentar negociar as tarifas.
A proposta atual estabelece tarifas de 9% para a Tesla, 17% para a BYD, 19,3% para a Geely e 36,3% para o estatal SAIC Group. Isso se soma ao imposto padrão de 10% que o bloco aplica a todos os carros importados.
Se a maioria dos 27 Estados-membros do bloco apoiar o plano na votação de outubro, as taxas se tornarão tarifas definitivas até o final do mês. Essas taxas comerciais normalmente permanecem em vigor por cinco anos após serem aprovadas.
O Partido Comunista Chinês (PCC) lançou investigações aparentemente retaliatórias em resposta às tarifas europeias de veículos elétricos. Em junho, Pequim anunciou uma investigação sobre os subsídios europeus à carne suína um dia depois que a Comissão Europeia lançou sua investigação. No mês passado, o estado anunciou uma investigação sobre laticínios europeus um dia depois que as tarifas propostas foram divulgadas.
Os Estados Unidos e o Canadá também anunciaram tarifas sobre EVs chineses.
Washington deve aumentar as tarifas sobre EVs fabricados na China de 25% para 100%. A medida é preventiva, já que os Estados Unidos atualmente importam poucos EVs chineses. O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, também anunciou em 26 de agosto que as tarifas de 100% sobre os veículos elétricos chineses e as tarifas de 25% sobre os produtos chineses de aço e alumínio entrariam em vigor em outubro.
Dorothy Li e Reuters contribuíram para este relatório.
Catherine Yang é repórter do Epoch Times sediada em Nova York.