WORLD / WAR> Adesão da Ucrânia à OTAN provoca debate em cúpula
A cúpula da OTAN em andamento em Vilnius testemunhou discussões acaloradas em torno da candidatura da Ucrânia à adesão à OTAN
SARA CARTER
Alexander Carter - 11 JULHO, 2023
- TRADUÇÃO: GOOGLE /
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A cúpula da OTAN em andamento em Vilnius testemunhou discussões acaloradas em torno da candidatura da Ucrânia à adesão à OTAN, com o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy criticando abertamente os negociadores da aliança por sua abordagem cautelosa.
A falta de um caminho concreto para a adesão à OTAN no rascunho do comunicado desencadeou uma forte reação de Zelenskyy, que sente que a Ucrânia merece mais do que linguagem ambígua.
De acordo com relatórios do Politico, o último rascunho do comunicado sugere que a OTAN “estará em posição de estender um convite à Ucrânia quando os aliados concordarem e as condições forem atendidas”. Embora esta redação não esteja finalizada, Zelenskyy expressou sua frustração via Twitter, enfatizando que a Ucrânia merece respeito e destacando a ausência de um cronograma específico para o convite ou processo de adesão.
As preocupações de Zelenskyy estão enraizadas em sua crença de que deixar espaço para negociações com a Rússia sobre a adesão da Ucrânia incentiva a Rússia a continuar sua agressão. Ele vê a falta de clareza no rascunho do comunicado como uma oportunidade perdida de demonstrar firmemente o apoio da OTAN às aspirações de adesão da Ucrânia.
Enquanto alguns aliados da OTAN buscam um compromisso que equilibre o desejo da Ucrânia de uma integração rápida com as preocupações sobre uma possível escalada de conflito, Zelenskyy está pressionando por compromissos mais substanciais.
Sua forte reação atraiu respostas mistas, com alguns diplomatas reconhecendo sua frustração à luz da agressão contínua da Rússia, enquanto outros acreditam que ele foi longe demais.
O presidente dos EUA, Joe Biden, expressou concordância com o texto proposto em relação à futura adesão da Ucrânia à OTAN durante uma conversa com o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg. No entanto, o tweet de Zelenskyy levantou as sobrancelhas entre os diplomatas em Vilnius, que consideraram sua resposta uma abordagem excessivamente emocional e injusta para as negociações.
Apesar das opiniões divergentes no rascunho do comunicado, todos os aliados da OTAN permanecem unidos em sua crença de que o lugar de direito da Ucrânia é dentro da aliança. A redação ainda está sujeita a refinamento, mas diplomatas seniores da OTAN enfatizam que a perspectiva da adesão da Ucrânia permanece inabalável e forte.
Enquanto os países da OTAN localizados na Europa Oriental defendem um caminho claro e definitivo para a adesão, países como os Estados Unidos e a Alemanha são cautelosos, concentrando-se em apoiar as necessidades imediatas de defesa da Ucrânia contra a Rússia. Eles enfatizam a importância das reformas em andamento e do estado de direito como pré-requisitos para laços mais estreitos com a aliança.
O chanceler alemão Olaf Scholz reafirmou a necessidade de apoiar ativamente a soberania e a integridade da Ucrânia, incluindo o fornecimento de assistência militar. O ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, ecoou esse sentimento, afirmando que não há dúvidas sobre a futura adesão da Ucrânia à OTAN, mas enfatizando a necessidade de cumprir condições e circunstâncias específicas antes de seguir em frente.
À medida que a cúpula da OTAN avança, os aliados pretendem encontrar um equilíbrio delicado entre sinalizar apoio às aspirações da Ucrânia e reconhecer os desafios e complexidades do conflito em andamento.
As discussões continuam à medida que a OTAN procura encontrar um terreno comum que garanta o progresso da Ucrânia rumo à adesão, ao mesmo tempo em que aborda as reformas necessárias e considerações estratégicas ao longo do caminho.