WSJ: Rússia testou arma antissatélite baseada no espaço com potencial capacidade nuclear em 2022
by Nate Ostiller andThe Kyiv Independent news desk May 16, 2024
Tradução: Heitor De Paola
As autoridades disseram que a Rússia lançou um satélite ao espaço em fevereiro de 2022 para testar componentes de uma potencial arma anti-satélite que transportaria um dispositivo nuclear. No entanto, o satélite lançado não carrega arma nuclear, informou o WSJ.
O Comitê de Inteligência da Câmara dos EUA alertou em fevereiro sobre uma ameaça “séria”, mas não especificada, à segurança por parte da Rússia. Seguiram-se então relatórios de que a ameaça estava relacionada com o desejo da Rússia de “colocar uma arma nuclear no espaço”.
O presidente dos EUA, Joe Biden, disse mais tarde que Moscou estava de fato desenvolvendo uma arma espacial anti-satélite, mas que não colocava em perigo as pessoas na Terra. Ele acrescentou que ainda não houve uma decisão de lançar a arma ao espaço.
O satélite russo, denominado Cosmos-2553, foi lançado em fevereiro de 2022 e está em órbita da Terra desde então, operando como uma plataforma para testar “componentes não nucleares do novo sistema de armas”, disseram autoridades ao WSJ.
As autoridades russas alegaram que o Cosmos-2553 é “destinado à investigação científica”, o que as autoridades norte-americanas consideram improvável. O Kremlin negou anteriormente que tivesse qualquer intenção de colocar armas nucleares no espaço.
Se o Cosmos-2553 ou um satélite semelhante estivesse equipado com armas nucleares, poderia destruir centenas de satélites em órbita baixa com uma explosão.
O oficial cessante do Pentágono, John Plumb, disse ao Congresso que seria uma "arma indiscriminada" que não tem "fronteiras nacionais, (e) não discrimina entre satélites militares, satélites civis ou satélites comerciais".
Moscou recorreu repetidamente ao uso de sabres nucleares durante a invasão em grande escala da Ucrânia.
Os críticos dizem que tais declarações são blefes, em vez de planos genuínos da Rússia, e têm como objetivo assustar o Ocidente e levá-lo a fazer concessões.
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