Zelensky e Zaluzhny são alvos de uma “exposição” do Wall Street Journal sobre a Nordstream
Zelenskyi se tornou um ator desonesto?
Stephen Bryen | Armas e Estratégia | 17 de agosto de 2024
Tradução: Heitor De Paola
Peloni (Co-Editor de ISRAPUNDIT): O problema de ser um fantoche americano é que, mais cedo ou mais tarde, o fantoche perde seu apelo para o marionetista, como parece que Zelensky está descobrindo atualmente. Como todos os fantoches americanos, Zelensky falhou com os americanos da maneira mais significativa que um representante americano poderia, ele projetou fraqueza quando seus mestres americanos exigiram vitórias. Ainda assim, Zelensky cumpriu o papel que ele foi finalmente designado a desempenhar pelo Ocidente, que era matar russos às custas das massas ucranianas, com o massacre eslavo resultante sendo registrado como uma vitória para todos no Ocidente. No entanto, quando Zelensky for, seja pelo caminho do Xá ou pelo caminho de Diệm [N. do T.: Ngô Đình Diệm, ditador do Vietnam do sul em 1963], a verdade da conta do açougueiro ucraniano será finalmente e honestamente adotada na Ucrânia, e não será Zelensky nem seus mestres ocidentais que colherão o furacão por esta tragédia, mas muito provavelmente será a comunidade judaica ucraniana que sempre cumpriu o foco padrão da sede de sangue histórica da Ucrânia repetidamente ao longo de sua história.
Tanto a Alemanha quanto os EUA divulgaram inúmeras histórias sobre a destruição do oleoduto Nordsteam. Eles dizem que o oleoduto foi destruído pelos ucranianos. A última história, manchete no Wall Street Journal, nos faria acreditar que o plano para explodir o oleoduto foi aprovado inicialmente por Vladimir Zelensky e executado pelo ex-chefe das Forças Armadas Ucranianas, Valery Zaluzhny. Após a história, depois que o planejamento foi feito por uma equipe heterogênea de oficiais do exército e civis, a maioria encharcada em álcool, Zelensky tentou cancelar o ataque porque foi avisado pelos EUA para não realizá-lo. Zaluzhny, no entanto, continuou, dizendo que não tinha como cancelar a operação.
A história também faz ligação com promotores alemães tentando indiciar um membro da tripulação , um instrutor de mergulho ucraniano (sem revelar seu sobrenome). Este membro da tripulação supostamente estava morando na Polônia com sua família, mas desapareceu. Os alemães estão acusando os poloneses de obstrução no caso .
Quase toda a história publicada pelo Wall Street Journal força a credulidade. Por exemplo, há uma alegação de que investigadores alemães verificaram o iate registrado na Alemanha, chamado Andromeda, e dizem que descobriram DNA, impressões digitais e vestígios de explosivos. Quem está associado ao DNA e às impressões digitais não é explicado, nem o tipo de "vestígios" explosivos que se alega terem sido encontrados. O Journal diz apenas que isso foi descoberto como parte de uma investigação policial de dois anos. Durante um período tão longo, o Andromeda foi sem dúvida alugado para muitos outros. Existem diferenças entre as impressões digitais ucranianas e outras?
Uma das alegações mais curiosas é que o Andromeda chegou à pequena cidade portuária de Sandhamn, cerca de 50 km a leste de Estocolmo, na Suécia, aparentemente após passar por mau tempo. O Journal relata que testemunhas oculares (não identificadas) dizem que o Andromeda exibia uma “pequena bandeira ucraniana”.
Espera-se que navios que atracam em portos exibam a bandeira de seu país de origem. Chamado de Ensigns, o Andromeda deveria ter exibido a bandeira da Alemanha se o navio fosse de propriedade de interesses alemães e não registrado em outro lugar (como às vezes é o caso). Ele não mostraria a bandeira ucraniana porque ucranianos alugaram o Andromeda, de acordo com a história do Wall Street Journal.
Mas esse fato tentador sobre a bandeira diz algo mais. Nenhuma operação secreta para destruir um oleoduto multibilionário exibiria sua bandeira nacional. Ou não houve nenhuma operação da Ucrânia para explodir o oleoduto, caso em que o Andromeda poderia ter exibido uma bandeira ucraniana junto com uma bandeira da origem nacional do navio, ou se foi uma operação secreta, exibir tal bandeira não faz sentido algum.
A história sobre o mau tempo também parece ficção. Fotos do oleoduto explodido mostram tempo ensolarado.
A verdadeira questão a ser feita é qual é a origem da história do Wall Street Journal e por que um jornal respeitado como o Journal publicaria uma história que não pode ser verificada?
A história minou a credibilidade de Zelensky e Zaluzhny. A história foi alimentada no Journal como uma preparação para substituir Zelensky e Zaluzhny? Zaluzhny é agora o embaixador da Ucrânia no Reino Unido, mas na época do incidente do oleoduto ele era Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas Ucranianas. Mais importante, ele foi apontado como um substituto para Zelensky. Mas Zaluzhny é tão linha-dura quanto Zelensky em relação à Rússia, então pode ser que ele não seja o candidato ocidental preferido para substituir Zelensky. O Wall Street Journal pode ter sido usado para ajudar a derrubar Zelensky e Zaluzhny.
Vale ressaltar que o artigo diz que as autoridades alemãs não têm provas sobre Zaluzhny que possam ser levadas a tribunal, então Zaluzhny (que negou qualquer envolvimento na Nordstream) permanece em seu cargo e não está sujeito a nenhuma acusação nos tribunais alemães.
Zelensky também negou qualquer envolvimento na destruição do oleoduto Nordstream.
Outros escritores, mais notavelmente Seymour Hersh , argumentaram que a Nordstream foi destruída em uma operação realizada pelos Estados Unidos, possivelmente com a ajuda de outros. Hersh forneceu uma descrição detalhada de como a operação se desenrolou. Ele corretamente observa que as principais autoridades dos EUA, incluindo o presidente Joe Biden e a ex-subsecretária de Estado interina Victoria Nuland, pressionaram abertamente pela destruição do oleoduto. Uma vez que os EUA declararam a destruição do oleoduto, deixando de lado quem foi encarregado de realizá-lo, os EUA se encontraram em uma posição embaraçosa. O mesmo é verdade para o governo alemão, que apoiou as negações dos EUA de envolvimento no caso do oleoduto e tentou passar a culpa para os ucranianos. A história da "Ucrânia fez isso" vazou para tentar transferir a culpa para os ucranianos. Embora as histórias anteriores não reivindicassem o envolvimento de Zelensky ou Zaluzhny, os vazamentos mais recentes são direcionados diretamente a eles. A Alemanha está em sintonia com Washington.
Tudo isso está acontecendo enquanto a guerra na Ucrânia provavelmente está nos últimos estágios. Até mesmo a operação Kursk pela Ucrânia visa abertamente preparar o cenário para negociações de paz com a Rússia. Está claro que Zelensky (que está alinhado com elementos nacionalistas de direita no exército) é o interlocutor errado, e ele provavelmente não é aceitável para os russos. Se ele for embora em breve, pode-se esperar um substituto mais flexível para tomar seu lugar na mesa de negociações.
Zelensky, enquanto isso, tem um grande problema com Washington que vai além de sua inflexibilidade. O Washington Post relatou em sua edição de 17 de agosto que o ataque a Kursk descarrilou negociações sensíveis e secretas sediadas no Catar visando um cessar-fogo parcial focado na infraestrutura energética da Ucrânia e da Rússia. Se um acordo fosse alcançado, ele abriria a porta para negociações de paz.
Os ucranianos, liderados por Zelensky e Syrsky, minaram o acordo de quatro maneiras: (1) a invasão de Kursk, que incentivou os russos a punir ainda mais a Ucrânia; (2) a tentativa da Ucrânia de levar suas forças de Kursk a irem atrás da Usina Nuclear de Kursk (uma meta que eles não conseguiram atingir); (3) o uso de armas de longo alcance contra forte oposição dos EUA e (4) o ataque de drones à Usina Nuclear de Zaphorizhze (ZNPP) que destruiu uma das duas torres de resfriamento. Além disso, há relatos de que a Ucrânia pretende uma grande operação militar contra a ZNPP e está se preparando para realizá-la em breve, e outros relatos, até agora não confirmados, mas aparecendo no canal do Telegram, de que a Ucrânia está preparando uma "bomba suja" para usar em território russo.
Se todos os relatos acima forem verdadeiros, e alguns deles certamente são, Zelensky se tornou um agente desonesto não apenas para a Rússia, mas para os Estados Unidos.
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