ARTIGO DE HEITOR DE PAOLA
19/04/25
Donald Trump tornou-se o novo símbolo do Mal Absoluto. Porque ousou — vejam só a audácia! — Impor tarifas a países que o fazem há décadas. Porque falou em recuperar a indústria nacional. Porque tentou, com o seu estilo de elefante em loja de porcelana, questionar os dogmas do comércio global que serve, exclusivamente, às multinacionais, aos bancos e aos estados.
LUIS GOMES
Trump: o novo Hitler?
Jornal PÁGINA UM - Ed. 10/04/2025
Para quem ainda não entendeu: as tarifas de Donald Trump são armas de guerra contra o Partido Comunista Chinês! Discuti-las do ponto de vista econômico, comercial, financeiro, são apenas discussões das consequências imediatas dessa batalha, mas ficar só nisso não leva ao entendimento das verdadeiras raízes da guerra.
As tarifas são a primeira batalha efetiva de um Presidente americano contra o comunismo desde o programa Strategic Defense Initiave (“Guerra nas Estrelas”) de Ronald Reagan em 1983. Trump retomou na seu primeiro mandato fundando a Space Force, hoje uma das mais importantes armas de defesa e ataque dos EUA, como se pode ver no artigo A nova estrutura de combate' da Força Espacial afirma que a 'superioridade espacial' é a base do poder militar dos EUA . O SDI previa criar um escudo de defesa espacial que interceptasse mísseis balísticos inimigos e satélites com canhões a laser para destruí-los ainda na fase orbital, antes da reentrada. A nova força tem também capacidade ofensiva.
Na década de 80 o inimigo era a URSS que, incapaz econômica e tecnicamente de construir um sistema equivalente, ruiu. A estratégia de Reagan foi vital para paralisar o inimigo e levar ao final da guerra fria. Reagan não mediu palavras, chamando a URSS do que realmente era: o Império do Mal. Enfrentou os mesmos inimigos internos que Trump enfrenta hoje: a grande mídia, o Partido Democrata, os “intelectuais” universitários, os grandes banqueiros e o complexo militar industrial que aumentava substancialmente seus lucros com a guerra fria e o equilíbrio MAD (Mutual Assured Destruction). Na época a Europa ainda não estava moribunda e a União Europeia era um mero sonho totalitário e, por isso, Reagan contou com apoio europeu, principalmente de Margaret Thatcher e a decisiva contribuição do Papa S. João Paulo II. Presidentes subsequentes cortaram o programa, que ficou muito impopular em função das críticas internas e da oposição ferrenha do complexo militar industrial que precisa de guerras contínuas, nunca decisivas, para alimentar seu enorme apetite por lucros. A palavra paz é constantemente utilizada para esconder o óbvio: guerras localizadas e permanentes.
O inimigo mudou, na verdade os inimigos mudaram, mas a maioria dos anticomunistas ocidentais vivem nos tempos da guerra fria acreditando que a Rússia ainda é comunista e deixando passar os novos inimigos reais: a China e o Islam [1]. A Europa nem disfarça mais, de falsos aliados, na verdade mamadores nas tetas de Washington D.C. desde o Plano Marshall e a criação da famigerada OTAN, com a franca determinação de Trump no primeiro mandato, obrigando-os a tomar conta de seus países, são inimigos. Pode-se dizer, sem errar, que a UE destruiu a Europa. A velha Europa Cristã desmoronou e hoje é um amontoado de invasores muçulmanos e palco de estupros, roubos, sujeira, assassinatos e abandono dos antigos valores ocidentais que lá se vão pelos ralos. Políticos que se opõem à ruína são desavergonhadamente alijados do processo eleitoral, pois são um perigo para a nova ordem da UE travestida de “democracia” (só se DEMO vier de demônio e não de povo). Procissões Católicas são proibidas, rezar em público é um ato “extremista”, muçulmanos estuprarem meninas é um ato cultural aceitável.
Como corolário, desde o fim do segundo mandato de Reagan, até agora, só tivemos falatórios, sanções que nada prejudicam, ameaças vazias das quais o PCCh deve ter rido muito - e cada vez mais comércio e mais superávit chinês empregado em aumento da capacidade militar. Portanto, para a guerra.
Enquanto isso, as invasões do Iraque e do Afeganistão geravam lucros estupendos para a indústria militar e, como efeito colateral, das empresas petrolíferas e dos países do Oriente Médio que o produzem.
QUANDO COMEÇOU ESTA GUERRA?
Essa guerra não começou agora, mas em 1980 com as mudanças de Deng Xiaoping que eram uma declaração de guerra que não foi assim entendida. Sua famosa frase - "não importa se um gato é preto ou branco, se ele pega ratos é um bom gato" – foi entendida literalmente porque o ocidente não aprendeu que na China nada é literal, toda frase é calculada e contém um simbolismo e, nesse caso, o que Deng quis dizer – e seus camaradas entenderam, mas o ocidente não – foi que a China se transformaria num gato que iria caçar os ratos capitalistas ocidentais, atraindo-os à sua toca por sua ganância para levar a China de um país de camponeses para a posição de primeira potência mundial. Por não entenderem assim, mas arrogantemente invadirem a China para mostrar como o capitalismo é melhor, tentaram mudar a China, não mudaram e foi a China que mudou os Estados Unidos. E com Obama IV, digo, com Kamala Harris no poder, chegariam lá.
Beijing já travava uma guerra comercial unilateral contra os Estados Unidos muito antes de Trump assumir o poder. Xi, ao assumir no final de 2012, intensificou o roubo sistemático de propriedade intelectual, as transferências forçadas de tecnologia, as barreiras de acesso a mercados e os subsídios industriais massivos, tudo isso concebido para extrair o máximo de vantagem com o mínimo de concessões. Essa relação econômica assimétrica ajudou a dizimar a base industrial americana, custando milhões de empregos ao longo de duas décadas.
No início da reforma e abertura da China, Deng estabeleceu os Quatro Princípios Cardeais que deveriam ser mantidos no processo: (1) a liderança do Partido Comunista, (2) o caminho socialista, (3) o marxismo e (4) a ditadura do proletariado. Em 1979, Deng declarou: "O socialismo não pode perdurar se continuar pobre. Se quisermos defender o marxismo e o socialismo na luta de classes internacional, temos que demonstrar que o sistema de pensamento marxista é superior a todos os outros, e que o sistema socialista é superior ao capitalismo".
Anunciou um ambicioso plano de abertura e liberalização da economia, com as "quatro modernizações" (economia, agricultura, desenvolvimento científico e tecnológico e defesa nacional).
“A proporção entre planejamento e forças de mercado não é a diferença essencial entre socialismo e capitalismo. Uma economia planejada não é equivalente ao socialismo, porque também há planejamento no capitalismo; uma economia de mercado não é capitalismo, porque também há mercados no socialismo. Planejamento e forças de mercado são ambos meios de controle da atividade econômica. A essência do socialismo é a libertação e o desenvolvimento das forças produtivas, a eliminação da exploração e da polarização e a conquista final da prosperidade para todos. Este conceito deve ser esclarecido ao povo”.
Mesmo assim, declarando o marxismo como a base de suas “mudanças”, o ocidente fez ouvidos de mercador, fingindo não entender o que o próprio Max entendera quase dois séculos antes: “o Modo de Produção Asiático foi marcado pela existência de um Estado forte que apresenta mecanismos burocráticos e eficientes com o fim de submeter toda a sociedade ao seu poder. Todos os bens e meios de produção são pertencentes ao Estado, sendo este encarnado pelo rei, imperador, etc.”, ao que eu acrescento: o Chairman da Comissão Militar Central do PCCh. [2]
CONHECENDO O INIMIGO
“Conhecendo a ti mesmo e ao inimigo ganharás todas as batalhas”.
Sun Tzu
“Em algum momento, esperançosamente num futuro próximo, a China perceberá que os dias de roubar os EUA e outros países não são mais sustentáveis ou aceitáveis”.
DONALD TRUMP
Mr. Trump, prepare-se para uma decepção. A China jamais aceitará que seus dias de roubo acabaram. Só à força se conseguirá algo.
Trump finalmente se deu conta de que é impossível acordos com chineses, e por essa razão desferiu um ataque via tarifas que seriam levantadas em poucos dias para os países que aceitassem discutir, menos com a China. Contesto a ideia esdrúxula de que Trump abriu mão das tarifas com 75 países por causa das repercussões negativas. Trump segue, na política, a visão comercial que o enriqueceu. Não sei se joga xadrez, mas seus movimentos são sempre calculados vários lances adiante e tem diversas respostas dependendo dos movimentos do adversário.
Apesar disso, não creio que ele e o resto do mundo se dê conta profundamente de com quem estão lidando.
Tenho lido muito sobre este assunto, só encontrado opiniões que não atingem o âmago do problema em relação à China. Fala-se dela como se fosse um país comum, como todos os demais, uma característica do pensamento ocidental míope. Míope porque só enxerga o que está perto, e o longínquo, não no sentido geográfico, mas espiritual, é nublado pelas projeções de nossas crenças. Tomamos por certo de que tudo se resume no mundo todo ao que ocorre no ocidente.
Por isso as análises sobre o atual conflito se resumem a aspectos econômicos, quando muito em tentativas de entendimento cultural superficial.
A China - comunista ou não – sempre agiu assim. Comércio é roubo, trapaça, blefes, chantagem, tudo isso se conjuga no pensamento chinês milenar numa coisa só: ganhar, muito, de qualquer maneira, limpa ou suja, não importa. A filosofia ética e moral de Confúcio e seu discípulo mais famoso, Mêncio, que visa orientar a vida dos indivíduos e promover a harmonia social e fazer do governante um exemplo de honestidade e boa administração, parece ter ficado em grande parte uma pátina superficial por sobre crenças pagãs, animistas, politeístas, mágicas, que incluem adivinhações como astrologia e outros meios divinatórios como o Yìjīng (I Ching) e algo que “cheira” a racionalismo, mas que não passa de esperteza.
O nome do país variou de acordo com as diversas dinastias. Marco Polo a chamava Catay e os russos e outros povos ainda se referem ao país por esse nome. Há controvérsias sobre a origem do nome China, mas o que interessa aqui é o nome que os chineses usam: Zhōngguó (中国), que se lê "dzông guó” que significa Império do Meio. O significado desse nome não é alcançado através do pensamento empirista predominante no ocidente. É um nome semirreligioso, espiritual e tem conotações profundas na alma chinesa até hoje. Digo semirreligioso porque os deuses chineses tanto comandam quanto são comandados pelos seres humanos através de oferendas, muitas vezes puramente para agrada-los.
Na nossa forma de pensar logo vem uma ideia geográfica bidimensional: meio de quê? Entre países? Centro do mundo? Esta última é a mais utilizada, mas também erradamente, pois o meio está numa dimensão transcendente: o meio entre o Céu – onde vivem os deuses - e a Terra – onde vivem os bárbaros. Zhōngguó está mais próximo dos deuses do que dos bárbaros. Entenda-se por bárbaros todos os que não são chineses. Por estar mais próximos dos deuses são os únicos civilizados. Os bárbaros são tidos como diabos ou demônios. O Imperador era chamado o Filho do Céu.
Seu pensamento vive entre mágicos, adivinhos, astrólogos, dá grande ênfase ao culto aos ancestrais e à vida após a morte e ao destino. São extremamente supersticiosos. Acreditam que existem frases ou palavras que não devem ser ditas porque trazem mau presságio. O Mandarim tem diversos tons para expressar o mesmo ideograma. P. ex., o número 4 é considerado um número de azar na cultura chinesa e é frequentemente associado à morte e ao infortúnio. Em mandarim, o número 4 é pronunciado num tom como "si", que soa semelhante à palavra para morte, "死" (si), em outro tom. Essa semelhança fonética é a principal razão para a superstição em torno do número 4. Devido à sua associação com a morte, o número 4 é frequentemente evitado sempre que possível. Hospitais e hotéis podem pular o quarto andar, e algumas pessoas evitam placas de carros, números de telefone ou endereços que contenham o número 4 [3]. Já o número 8 é considerado um dos números mais sortudos. Essa crença está profundamente enraizada em fatores linguísticos e culturais: O número 8 é pronunciado como "ba" em mandarim, que soa semelhante à palavra para riqueza ou prosperidade, "发" (fa). Essa semelhança fonética levou à forte associação do 8 com sucesso financeiro e boa sorte. O 8 é associado ao Imperador e à classe dominante, tornando-o um símbolo de poder e autoridade. Também de equilíbrio e Harmonia.
Entender essas crenças culturais sobre números e outros símbolos é essencial ao interagir com ou dentro de comunidades chinesas, pois pode ajudar a evitar mal-entendidos culturais não intencionais e desrespeitar os costumes e tradições locais. Não pensem que a imposição do materialismo dialético de Marx mudou essas crenças profundamente.
Posso dizer isso porque estudei várias obras de Mao Zedong, inclusive o famoso Livro Vermelho, frases suas selecionadas por Lin Biao, com o qual comandou a Revolução Cultural, e é patente que seu pensamento, embora se esforçasse por pensar dialeticamente, possuía as características do pensamento tradicional chinês. Na prática, Mao tornou-se o Filho do Céu, Imperador adorado pelas multidões, como se pode ver pelo fato de apesar de várias mudanças superficiais, seu retrato continua no portão de entrada para a Cidade Proibida, na Praça da Paz Celestial. É um ancestral cultuado. Xi Jinping é o seu sucessor, depois de conquistar o poder derrubando outros líderes. Hoje Xi é o Filho do Céu. Gordon Chang alertou: “Xi Jinping… está propagando essas ideias de que a China tem o mandato do céu sobre tudo o que está sob o céu, e a China na verdade era como os antigos imperadores, que acredita ser os únicos soberanos do mundo, o que significa essencialmente que os americanos são apenas subservientes — não temos um país, não temos soberania”, disse ele.
Em seu livro Plan Red: China's Project to Destroy America, Chang diz que “Xi quer moldar o mundo à imagem da China, e em sua concepção de mundo não há lugar para os Estados Unidos ou mesmo para a atual ordem internacional”. “Xi reverencia Mao e está conduzindo a China de volta ao maoísmo (minha nota: ou ao antigo império?). Ele está reinstituindo controles sociais totalitários, exigindo obediência política absoluta de todos e cortando laços com o exterior. Isolar a China do mundo é um elemento essencial de seu plano para salvar o sistema comunista. Seu isolacionismo e xenofobia evocam políticas dos primeiros anos da República Popular e durante os dois milênios de domínio imperial”.
Novos regulamentos que acabaram de entrar em vigor proíbem totalmente os estrangeiros “de pregar, compartilhar sua fé ou estabelecer organizações religiosas sem a aprovação oficial do governo. As autoridades estão detendo Cristãos em instalações de “transformação” secretas e móveis para fazê-los renunciar à sua fé, o que já fazem há anos contra o Falun Gong, Uigures e Budistas. O budismo tibetano está sendo erradicado totalmente à força.
A China tem atacado os Estados Unidos de dentro dos Estados Unidos. A penetração da China na sociedade americana tem sido tão completa que o Partido Comunista conseguiu matar americanos impunemente. O Partido Comunista está usando todos os seus recursos para apoiar atividades criminosas dentro dos Estados Unidos, e americanos estão morrendo como resultado direto dessas atividades. Chang acredita que é hora de seguir o exemplo de Ronald Reagan e trabalhar para derrubar o inimigo: o Partido Comunista. Para combater Xi com eficácia há apenas uma solução: os Estados Unidos precisam cortar praticamente todos os pontos de contato com o regime.
Pergunta Chang: A China tem um plano para destruir os Estados Unidos. Os Estados Unidos têm um plano para se defender?
A resposta está no início deste artigo: os EUA já estão pondo em prática não um plano defensivo, mas atacando com a arma na qual a China é mais vulnerável: as tarifas. Se não voltar atrás Trump está seguindo Sun Tzu: quem ataca mostra sua força, quem se defende mostra sua fraqueza.
A resposta de Xi evoca outra tradição chinesa: o Rei não pode “perder a face” – não mostrar fraqueza não aceitando propostas, as modificando. Xi não aceitou o ataque de Trump e impôs outras condições. É o tradicional passo para abrir negociações ou atacar. Xi está numa situação difícil. Se se render será atacado pelos líderes do Partido, se resistir e a situação interna deteriorar, há inúmeros membros do Partido, mais jovens, querendo tomar seu lugar. Em qualquer dos casos haverá luta interna. E esta é uma grande chance dos EUA e do mundo em geral se livrar de um totalitarismo monstruoso.
O livro de Sun Tzu, A Arte da Guerra [4], é fundamental para entender as ações bélicas chinesas. Vou me limitar aqui ao Cap. XIII, Da Arte de Semear a Discórdia.
“Quando um hábil general se põe em movimento, o inimigo já está vencido”...”O grande segredo para vencer sempre consiste na arte de semear a divisão: nas cidades e nas aldeias, no exterior, entre inferiores e superiores, de morte e de vida”....”Chamo divisão nas cidades e nas aldeias aquela mediante a qual se consegue conquistar os habitantes que estão sob dominação inimiga, envolvendo-os para que possam ser usados com segurança, em caso de necessidade”....”Se souberes infiltrar traidores nas cidades e nos vilarejos inimigos, em breve terás ali muitas pessoas devotadas”...”(É importante) espalhar rumores tendenciosos na corte do soberano inimigo, o qual, acreditando na veracidade dos boatos, toma atitudes condizentes com as falsas informações recebidas”...”Se os oficiais inimigos estão em constante desacordo; se desconfianças mútuas, inveja, interesses pessoais os mantém divididos, poderás facilmente cooptar parte deles, pois, por mais virtuosos e mais devotados a seus soberanos, a promessa de vingança, de riquezas ou de postos eminentes bastará para atiçar-lhes a cobiça...e tudo farão para satisfazê-la”.
O objetivo é chegar a este ponto: “O que estás esperando para poderar-te de um reino cujos habitantes já te consideram como senhor?”
Se é fato que para bem entendedor meia palavra basta, dei aos leitores não meia, mas muitas palavra de Sun Tzu para que possam entender o que Zhōngguó (中国) vem fazendo com o ocidente desde 1980.
Espero que entendam que este é o maior problema que Donald Trump tem a enfrentar, ao mesmo tempo em que, com seu hábil ataque, tenha deixado Xi na mesma sinuca.
Heitor De Paola
Abril, 2025
[1] Deixo o Islam para um próximo artigo.
[2] Isso foi repetido, anos depois, pelas ”reformas” de Gorbachëv, a Perestroika, claramente definida como um retorno a Lenin, mais uma vez o ocidente engoliu a isca com anzol e tudo. Claramente o “retorno” era à primeira farsa engolida: a NEP, Nova Política Econômica de Lenin (1921-1928).
[3] Nisto estão em sintonia com os nova-iorquinos, onde a maioria dos edifícios não têm o número 13 por dar azar. Uma moradora de andar 14 me disse que alugara lá porque o 14, estando acima do 12 também ficava próximo ao azar e por isso o aluguel era mais barato. Ela não acreditava nessa bobagem.
[4] A versão que uso é a da tradução de Sueli Barros Cassal da editada em 1772 pelo Padre Jesuíta Amiot, a primeira que chegou ao ocidente. A de Lionel Giles & Samuel Griffith é mais completa com comentários acrescentados aos versículos.